O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:

DIOGO FONSECA, FC BRASOV (ROMÉNIA)

«Olá a todos!

Depois de uma longa paragem no campeonato, uma nova pré-época muito exigente fisicamente tanto em Poiana (Roménia) como na Turquia e uma barba grandíssima, recomeçou novamente a competição. Como já tinha referido na minha ultima crónica, já sabia que iria encontrar uma preparação física bastante exigente na Roménia, e sem dúvida que foi uma das mais difíceis da minha carreira até hoje.

São mentalidades diferentes, formas de ver e opinar sobre o futebol, mas com a certeza que será uma experiência que me enriquecerá ainda mais a minha cultura futebolística. No que diz respeito ao assunto da barba, já começa a ser usual em mim nessas alturas, visto que funciona um pouco como brincadeira e superstição ao mesmo tempo. 

 

Relativamente ao último terço do campeonato, o FC Brasov entrou numa fase absolutamente decisiva para as suas aspirações já que a classificação não é a melhor e há a urgência em sair destes lugares indesejáveis e incómodos o mais rapidamente possível.

Para já a grande mudança foi o facto de não termos trocado de treinador novamente após duas derrotas seguidas...se é a melhor opção ou não, só o tempo o dirá, mas para uma equipa que já mudou de treinador por cinco vezes esta época, apostar um pouco na estabilidade poderá ser algo que jogue a favor deste clube. A única coisa que se voltou a trocar - que para eles é ‘muito importante’ - foi o chá pela cerveja (sem comentários…).

Numa altura em que estamos no principio do mês de março, faltando somente dois meses para o final do campeonato, cada jogo disputado agora é uma final e os níveis de concentração têm que estar sempre no máximo. Consigo comparar o nosso atual momento desportivo com o meu primeiro ano no Santa Clara, ano esse que ditou a descida do clube à Liga de Honra e encontrar muitos pontos semelhantes. Espero que essas semelhanças desapareçam o mais rápido possível.

Em termos climáticos, já se respira um ar mais ameno e a neve já era, o que também é bom sinal, apesar de pessoalmente não me ter custado muito adaptar-me ao inverno rigoroso da Roménia.

As famílias começam a sair mais à rua e é perfeitamente usual encontrar gente a fazer churrascos por tudo o que é espaço verde, mesmo nos arredores do centro. Com certeza terei a minha dose de churrasco no meio da montanha, assim faz-me imaginar que estou nas Sete Cidades e assim ir matando as saudades de casa de vez em quando.

Um abraço a todos os leitores e até à próxima!

Diogo Fonseca»