O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:

JOÃO CHINA, ERMIS ARADIPPOU (CHIPRE)

«Olá, caros leitores do Maisfutebol,

Em jeito de balanço, considero que esta primeira época no Chipre está a correr muito bem. Como sabem, estou a representar o Ermis, tal como os outros portugueses Henrique, Paulo Pina e Manu.

Neste momento, está praticamente garantido o acesso ao play-off dos primeiros 6 classificados. Nessa fase discute-se o apuramento para as competições europeias e o campeão da Liga cipriota.

Para quem eventualmente não, sabe, o campeonato tem uma fase regular até final de março. Depois, divide-se em dois grupos. De um lado ficam 6 equipas que lutam pelos primeiros lugares; do outro ficam 6 equipas que jogam entre si para determinar quem desde de divisão.

Graças a Deus, estamos no 4º lugar e nos quartos-de-final da Taça do Chipre. Temos todas as condições para fazer uma grande temporada e fazer história neste clube, visto que o Ermis ainda na época passada estava a disputar a segunda divisão cipriota.

A nível individual as coisas também correm bem, já que tenho jogado sempre. Tenho recebido desde o início da temporada algumas propostas e abordagens de clubes, um sinal de que reconhecem o trabalho que tenho vindo a fazer. Isso é muito gratificante.

Em janeiro, chegou ao Ermis o Manu, jogador que passou pelo Benfica, entre outros clubes. Veio do futebol chinês. Com ele, a nossa equipa ficou mais forte dentro e fora do campo.

Tive o prazer de viver com ele em criança no centro de estágio do Sporting. É curioso estarmos juntos, passados tantos anos, a vestir a camisola do Ermis no Chipre.

Como jogador, penso que todos conhecem a sua qualidade. Para além disso, tem-se revelado muito forte também fora dos relvados. Falo dos seus dotes culinários.

Em jeito de brincadeira, até ando a dizer que ganhei um jogador e um cozinheiro. Já o baptizei de Masterchef, depois de ele ter apresentado especialidades variadas. O Manu tem jeito, seja no forno, no tacho ou no churrasco.

Nos últimos tempos, temos convivido bastante, com muitos pitéus e gargalhadas à mistura. É algo que ajuda a passar o tempo e a ultrapassar algumas dificuldades próprias de quem está no estrangeiro.

Para terminar, quero deixar um grande abraço a todos os leitores e para a próxima espero na próxima crónica estar a escrever sobre um Ermis europeu!

Até breve,

João China»