O Maisfutebol desafiou os jogadores e treinadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. São as crónicas Made in Portugal:

EDUARDO ALMEIDA, TREINADOR DO KOZÁRMISLENY (HUNGRIA)

«Olá a todos,

Mais uma vez aqui vos escrevo sobre a minha experiência na Hungria. Nesta altura, estão concluídos praticamente dois meses desde que cheguei e o balanço é muito positivo.

Realizámos 10 jogos particulares, com sete vitórias, um empate e duas derrotas. Senti que a equipa está melhor, preparada para a segunda volta do campeonato e para atingir o objetivo. Neste caso, a manutenção.

Jogámos duas vezes contra o Pecs, clube da Superliga. No primeiro jogo saímos derrotados mas, cerca de um mês e meio depois, fizemos novo jogo e empatámos em casa deles. Isso demonstrou que a equipa está mais forte.

Neste momento estou satisfeito com o grupo de trabalho à disposição. Também chegaram alguns reforços que trouxeram mais soluções e mais qualidade para a equipa.

Os jogadores trabalham muito e são extremamente profissionais. Isso ajuda muito o meu trabalho. Para além disso, estamos a construir um grande espírito de grupo através de vários eventos extra-futebol, o que certamente são aspectos muito positivos neste momento.

Existem também algumas coisas a melhorar, como é óbvio, no que respeita a aspectos técnico-tácticos, mas isso porque a pouco e pouco tento introduzir as minhas ideias e também porque uma equipa tem de estar sempre a melhorar no dia a dia.

Há um evento que se realiza habitualmente aqui no clube e que visa melhorar o espírito de grupo: nada menos que uma matança do porco, onde todos têm de dar o seu contributo, um verdadeiro trabalho de equipa.

A minha parte consistiu em amassar a carne para fazer chouriços. Quanto à comida aqui na Hungria, é muito idêntica à nossa, logo não existe nada que até agora tivesse sentido dificuldade em experimentar.



Por aqui, o frio é algo complicado nos primeiros tempos, mas neste momento as temperaturas melhoraram e também já estou mais habituado, não me custa tanto. Mas num jogo em Pecs chegaram a estar dez graus negativos e aí sim, são horas que custam muito a passar.

Após o período de adaptação e dois meses de trabalho, espero que o trabalho realizado permita chegar aos resultados pretendidos.

Esta semana regressa o campeonato. No dia 1 de março jogamos contra o Cegled, uma equipa que tem mais 9 pontos que nós, e queremos entrar com o pé direito: com uma vitória.

Até breve!

Eduardo Almeida»