Faz este sábado 30 anos (23 de maio de 1990) que o Benfica alcançou a sétima final da Taça dos Campeões Europeus – agora Liga dos Campeões – da história, mas o resultado (1-0) acabou exatamente igual como tinha acabado nas últimas quatro vezes: em Viena, os encarnados perderem frente ao Milan.

Em declarações à Lusa, Sven-Goran Eriksson, na altura técnico das águias, recordou essa partida, decidida por um golo solitário de Frank Rijkaard.

«Defendemos muito bem. Eles tinham um meio campo extremamente bom e uma defesa muito compacta. Era muito difícil criar oportunidades de golo contra eles. Para ganhar, tínhamos de ter criado mais oportunidades», começou por dizer.

«O Milan era a melhor equipa do mundo, e não só nesse ano. Basta recordar que tinham o Gullit, o Van Basten e o Rijkaard, três holandeses muito fortes, fantásticos, e mais de metade da seleção italiana. (…) Sabíamos o que tínhamos de fazer, mas saber é uma coisa e conseguir fazê-lo é outra», continuou.

O treinador sueco contesta aqueles que dizem que o Benfica não tentou vencer o jogo: «Eu sei que perdemos, mas penso que estivemos ok. Muitos acusaram-nos de não termos tentado, mas não concordo. Penso que tentámos, mas era muito difícil», afirmou, fazendo referência à ausência de Veloso: «Se queríamos bater os italianos, tínhamos de ter todos os jogadores... e também alguma sorte.»

«Se é possível o Benfica voltar? Espero que sim, pois continuo a ser benfiquista. Porque não?», garantiu ainda Eriksson.

«Era difícil fazer mais», diz Pacheco

Um dos jogadores presentes nessa final foi António Pacheco, que corrobora as palavras do treinador.

«Lembro-me bem da final, praticamente de tudo. São jogos que ficam sempre na nossa memória, pela grande responsabilidade, pela grande tensão», disse.

«Fizemos a nossa parte, mas apanhámos pela frente uma equipa com uma valia superior à nossa. Fizemos o que nos foi permitido, era difícil fazer mais», admitiu.

O resumo do jogo: