Nélson Veríssimo, treinador do Estoril, depois da reviravolta diante do Boavista (2-1), no Estádio António Coimbra da Mota, em jogo em atraso da 14.ª jornada da Liga:

Estoril entrou a perder, mas desta vez terminou a sorrir. Importante?

- Quero começar por enviar um grande abraço ao meu amigo Chiquinho Conde que está a passar por um momento difícil e quero dedicar-lhe a vitória. Depois destacar o contributo dos nossos adeptos que têm acompanhado a equipa. De destacar a presença de muitos adeptos que tivemos em Famalicão. Relativamente ao jogo, tirar o chapéu aos jogadores face ao momento que estamos a viver. Em quatro jogos tínhamos tido apenas uma vitória frente ao Casa Pia. Sofremos três derrotas consecutivas e agora vencemos. Entrar a perder fez-me lembrar o passado recente, a derrota com o Vitória. A equipa quebrou um bocado, mas acabou por dar uma resposta de crença. Os jogadores acreditam no que estão a fazer. Os resultados é que ditam tudo, mas isto é uma equipa de rendimento e o que conta são os três pontos. Tivemos alguns jogadores que não puderem dar o seu contributo, mas os jogadores quiseram dar uma resposta porque também sabem o que circula à sua volta. Continuamos na luta.

O que mudou neste jogo?

Começamos a perder e viramos, o que no nosso contexto é muito positivo. Tivemos mais remates, mais posse de bola, mais cantos. O Boavista começou a jogar com menos um, mas normalmente isso torna o jogo mais difícil. Tivemos calma, sabíamos o que tínhamos de fazer, sabíamos que tínhamos de atacar pelos corredores laterais. Acabámos por fazer um jogo muito conseguido. Ao intervalo senti que os jogadores acreditavam. Mantivemos a toada nessa segunda parte. Resumindo, diria que o guarda-redes do Boavista foi melhor em campo.

Este jogo pode ser um ponto de viragem?

Este jogo, entre os últimos que tivemos, foi o que me senti mais tranquilo. É verdade que sofremos um golo logo aos quatro minutos e, na altura, pensei que íamos ter um jogo difícil. Mas a equipa tem qualidade, os jogadores têm qualidade, mas temos uma das médias de idades mais baixas da Liga, temos de dar mais consistência à equipa.

Estoril fez 26 remates. Falta de acerto no ataque?

- É uma prova do valor ofensivo da equipa. É uma prova de que estamos atentos ao que estamos a fazer. Temos trabalhado esse último terço, é algo que temos vindo a trabalhar, com alguma paciência as coias vão aparecendo. Não se deve tirar mérito ao que fizemos, apesar do Boavista estar com menos uma unidade.

Rosier terá sido afastado pela direção por não ter renovado. O que nos pode dizer sobre esse caso?

- Este é o momento para falarmos do jogo, essa é uma questão lateral, percebo o interesse, mas agora só queria falar do jogo.