«Atravessamos um período de desafios económicos mundiais que não podem ser ultrapassados com meias medidas ou esforços isolados de uma nação», escreve o presidente num artigo publicado em mais de 30 jornais de todo o mundo.
«Os dirigentes do G20 têm a responsabilidade de tomar medidas audiciosas, alargadas e coordenadas que não sejam apenas um estímulo para a retoma, mas que lancem uma nova era de compromisso económico que impeça que uma crise como esta se repita», prossegue o texto.
Na perspectiva da cimeira do G20, que reúne os dirigentes dos países industralizados e das economias emergentes, Washington apelou a um aumento do investimento para relançar a economia enquanto os líderes europeus sublinham a necessidade de uma maior supervisão na banca.
Obama minimizou estas alegadas divergências entre Estados Unidos e Europa fazendo notar que outros países adoptaram igualmente planos de relançamento e lançaram firmes apelos para uma maior regulação do sector financeiro.
«Só uma acção internacional coordenada pode impedir os riscos irresponsáveis que levaram a esta crise. É por isso que me comprometo a aproveitar esta oportunidade para fazer avançar as reformas de controlo», refere Obama, acrescentando não se pode continuar a deixar as instituições financeiras «a agir de forma imprudente e irresponsável».
Objectivo: evitar futuras crises
Para Obama, esta cimeira do G20 permitirá aos dirigentes das principais economias mundiais trabalhar juntos para a resolução dos problemas mundiais.
«Se a cimeira de Londres estimular a acção colectiva, vamos poder construir uma retoma sólida e poderemos evitar futuras crises», sublinhou.
O artigo do Presidente norte-americano foi publicado em 31 jornais, incluindo o «International Herald Tribune», «Le Monde», «Die Welt» ou o árabe «Asharq Al Aswat».
Criado em 1999, o G20 integra os sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão, Alemanha), as economias emergentes (Argentina, Austrália, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia) e a União Europeia.
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