De 2 de maio de 2021 a 31 de julho de 2022, uma história com um início duro, mas com um final feliz.
De uma rotura do ligamento cruzado anterior no joelho direito, ao golo que decidiu um histórico e inédito título europeu.
Chloe Kelly está nas nuvens e é a figura do dia no Europeu feminino, depois de ter marcado, no prolongamento, em Wembley, ao minuto 110, o golo que deu a vitória à Inglaterra ante a Alemanha, por 2-1, com consequente conquista do Europeu feminino 2022.
Um golo que decidiu um título e perante os adeptos ingleses, num recorde de assistência na história dos Europeus masculino e feminino. Melhor era impossível para quem, num Manchester City-Birmingham, há pouco mais de 14 meses, sofreu uma grave lesão que obrigou a uma longa recuperação de quase um ano.
Kelly ficou afastada dos relvados quase um ano, regressou em abril último ao serviço do Manchester City e foi chamada por Sarina Wiegman para o Europeu.
A mais nova de sete irmãos, incluindo cinco rapazes (com trigémeos pelo meio) e que cresceu em Ealing, na zona oriental de Londres, a aprimorar atributos em campos de gravilha, foi suplente utilizada nos seis jogos do Europeu.
Na final, entrou ao minuto 64 e fez o seu único golo na competição. Mas fez o golo mais esperado e mais decisivo, quando há pouco mais de um ano este cenário seria difícil de imaginar. E é por reviravoltas como esta que o desporto é, também, belo.
Este texto foi baseado no perfil de Chloe Kelly, que pode ler no dossier dedicado às 23 jogadoras da seleção inglesa, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português para partilha de informação relativa ao Euro 2022 feminino.