A lesão de Marie Katoto na segunda jornada do grupo D, na passada quinta-feira, permitiu-lhe entrar mais cedo do que esperava em campo.

Jogou 73 minutos na vitória da França por 2-1 ante a Bélgica, já depois de ter sido suplente utilizada na goleada de abertura à Itália, por 5-1 (entrou aos 77 minutos). Na segunda-feira, somou mais 11 minutos no empate ante a Islândia, quando as gaulesas já tinham garantido o apuramento para os quartos de final do Europeu feminino no primeiro lugar.

Falamos de Ouleymata Sarr. Ou Ouleye Sarr.

É filha de pais mauritanos, joga como avançado no Paris FC, tem 26 anos e uma história incomum. A história de uma rapariga que, embora como tantas outras joguem com rapazes numa fase inicial, não queria mesmo jogar com elas e chegou a deixar o futebol porque se sentia bem a jogar entre os rapazes, algo que fazia ainda aos 13 anos.

Sarr acabou “salva” por um antigo jogador do Lyon, Lille e PSG, Mathieu Bodmer, agora diretor-desportivo do Le Havre e ex-presidente do Evreux FC.

«Estava a correr tão bem com eles que eu não queria mudar. Em vez disso, deixei de jogar futebol», contou, ao Paris-Normandie. «O Mathieu Bodmer disse-me que precisava de mim e contava comigo no Evreux. Desde então, com as raparigas, as coisas estão a correr muito bem», partilhou.

Agora, Sarr tenta espreitar a primeira titularidade no Euro, ou então ser de novo uma importante suplente. A França joga os quartos de final do Euro no sábado, ante os Países Baixos (20h00).

Este texto foi baseado no perfil de Ouleymata Sarr, que pode ler no dossier dedicado às 23 jogadoras da seleção francesa, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português para partilha de informação relativa ao Euro 2022 feminino.