A três semanas de completar 72 anos, Eusébio já tinha um historial de problemas clínicos, tendo sido sujeito a vários internamentos nos últimos anos. Um dos mais recentes tinha sucedido na Polónia, durante o Europeu de 2012, quando acompanhava a seleção nacional, de que era embaixador.
Nascido em Lourenço Marques (atual Maputo) em 25 de janeiro 1942, Eusébio
chegou ao Benfica em dezembro de 1960, sendo protagonista de um braço de ferro entre encarnados e leões, que também pretendiam o seu concurso, depois de a sua fama goleadora ao serviço do Sporting de Lourenço Marques ter chegado a Lisboa. O Pantera Negra não chegou a tempo de participar na campanha europeia que levou o Benfica à conquista do primeiro título europeu, em 1961, mas um ano depois já era figura de proa na equipa que conseguiu o bicampeonato, marcando dois golos na final, com o Real Madrid.
Eusébio não voltaria a erguer o trofeú, mas estaria presente em mais três finais europeias, perdidas com o Milan, o Inter e o Manchester United. A regularidade das exibições fez dele o futebolista europeu mais influente da década de 60, estatuto que confirmou com a presença inesquecível no Mundial de 1966. Os seus nove golos deram-lhe a coroa de melhor marcador e levaram Portugal a um inédito terceiro lugar.
Em quinze épocas no Benfica, Eusébio conquistou 11 títulos de campeão, sendo sete vezes melhor marcador do campeonato. Durante 13 anos representou a seleção nacional, ao serviço da qual marcou 41 golos em 64 internacionalizações.
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