Expulso na final da Taça de Portugal, que terminou com a vitória do FC Porto sobre o Sporting por 2-1 após prolongamento, Sérgio Conceição não podia ter comparecido na sala de imprensa do Estádio Nacional para a conferência de rescaldo ao jogo.

«Nos casos em que exista Flash Interview e conferências de imprensa, o treinador principal encontra-se obrigado a participar na sua realização ou, caso tenha sido expulso do jogo, tal obrigação recai sobre o treinador adjunto», lê-se no artigo 49.º do Regulamento da Taça de Portugal.

Antes da conferência de imprensa, e já depois de levantar o troféu, o técnico dos azuis e brancos falou no relvado, mas fora do âmbito de flash interview e sem o painel identificativo por trás. «Os elementos dos órgãos de comunicação social podem ainda entrevistar quaisquer pessoas ou entidades, desde que respeitando os locais de acesso para os quais se encontrem credenciados», lê-se também no ponto 13 do artigo 75.º do mesmo regulamento.

Nas competições organizadas pela Liga, as regras são diferentes: impedem que o treinador expulso esteja na habitual zona de entrevistas rápidas pertencente à televisão detentora dos direitos, mas são omissas relativamente à presença na conferência de imprensa, que é facultativa.

Recorde-se que esta não é a primeira vez que Sérgio Conceição é expulso numa final de Taça de Portugal. Em 2020, diante do Benfica, também recebeu ordem de expulsão naquela que foi a primeira de quatro provas rainhas que já tem no palmarés enquanto treinador.