Fran Navarro, David Carmo, as ausências de Taremi e Zaidu e a entrevista do potencial candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, foram os principais temas da conversa de Sérgio Conceição com os jornalistas, na véspera do dérbi da Invicta com o Boavista.

A entrevista e os elogios de Villas-Boas mereceram um pequeno comentário do técnico dos dragões.

«Dei uma vista de olhos [à entrevista] e o que me saltou à vista foi ele ter dito que a época desportiva é extremamente mais importante para agora estar com outros temas em cima da mesa. Foi algo assim que ele disse e foi a única coisa que retirei com verdadeira atenção», limitou-se a dizer.

Em relação ao jogo no Bessa, Conceição assumiu esperar dificuldades e refletiu sobre a realidade do Boavista, clube que tinha salários em atraso, situação que foi entretanto regularizada.

«O ambiente ou a equipa que defrontamos não pode ser motivo de maior ou menor motivação. A motivação é o trabalho diário. Temos de perceber quais os pontos fortes e as fragilidades do Boavista, definir a melhor estratégia e escolher os jogadores que melhor a interpretem. O momento das equipas não é importante nestes jogos. O Boavista começou extremamente bem a época e tem praticamente os mesmos jogadores. É um dérbi da cidade e há sempre dificuldades associadas à qualidade individual que o Boavista tem», começou por dizer acerca do encontro da 16.ª ronda.

«Já estive em situações onde vivi o mesmo problema. Não é benéfico para ninguém. A maior vitamina que os jogadores têm quando entram em campo é a motivação de jogarem contra FC Porto, Benfica, Sporting ou Sp. Braga. Vão estar muito motivados para darem uma resposta positiva dentro de um jogo apetecível. Lidei com isso enquanto jogador e treinador, há grupos e momentos diferentes, mas acredito que quando o árbitro apitar nem as contas do FC Porto nem a situação do Boavista vá interferir no jogo em si», acrescentou.

Este dérbi marca também o reencontro de Conceição com Ricardo Paiva, técnico que fez parte da sua equipa técnica no passado em clubes como Olhanense, Sp. Braga, Académica e V. Guimarães.

«Foi meu colaborador nomeadamente no papel de analista. Ele quis seguir o seu trajeto, entrou na formação do Boavista e foi também coordenador. Já tem alguma experiência, ganhou títulos nos juniores do Boavista. O que poderá retirar do que eu sou? Já passaram tantos anos e o futebol está em constante evolução. Não será por aí», comentou.

O Boavista-FC Porto joga-se esta sexta-feira, a partir das 20h45. Siga o jogo da 16.ª jornada da I Liga, ao minuto, no Maisfutebol.