O Conselho Superior do FC Porto votou favoravelmente uma moção para a retirada da proposta de revisão dos estatutos, que esteve na base da Assembleia-Geral Extraordinária de segunda-feira. 

A decisão foi tomada esta quinta-feira numa reunião realizada no Dragão. Significa, portanto, que o cancelamento da reunião magna que estava marcada para a próxima segunda-feira fica dependente apenas da decisão do presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto, que é membro por inerência do Conselho Superior do clube.

Recorde-se que a Assembleia-Geral Extraordinária da última segunda-feira ficou marcada por cenas de violência, acabando por ser suspensa e remarcada para a próxima segunda-feira, dia 20 de novembro.

Em causa estavam vários pontos de alteração dos estatutos para o ato eleitoral que se realiza em 2024, e que promete pôr frente a frente Pinto da Costa e André Villas-Boas.

Entretanto, o FC Porto reagiu em comunicado confirmou a retirada da proposta de alteração dos estatutos para «apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista». A decisão de cancelar ou não a Assembleia-geral, permanece, conforme referido anteriormente, nas mãos do presidente da AG, Lourenço Pinto.

Leia o comunicado na íntegra:

Após ter analisado cuidadosamente os lamentáveis e condenáveis acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária da passada segunda-feira, o Conselho Superior decidiu o seguinte:

- A proposta de Estatutos discutida e aprovada nesta sede e remetida à referida Assembleia Geral é para este órgão boa e rigorosa, salvaguardando inteiramente os interesses do Clube e dos seus Associados;

- O condicionamento criado à já mencionada Assembleia Geral, e o empolamento artificialmente criado pela comunicação social e redes sociais, tiveram como resultado os lamentáveis incidentes a que assistimos, convertendo uma importante Assembleia num momento de primárias incendiadas.

Nesse sentido e por unanimidade, no superior interesse do Clube, decidiu este Conselho retirar a proposta de alteração dos Estatutos, contribuindo, desta forma, para apaziguar o divisionismo que se quer criar na família portista.


O Conselho Superior