A revisão dos estatutos do FC Porto pode ficar sem efeito, confirmou o Maisfutebol.

As alterações estatutárias propostas pelo Conselho Superior, algumas das quais com impacto nas próximas eleições, não chegaram a ser votadas (é preciso três quartos dos votos - 75 por cento ou mais - para essas alterações serem aprovadas) na última Assembleia-Geral, que decorreu na segunda-feira e foi adiada devido às cenas de violência no Dragão Arena, local que acolheu a reunião magna face à forte adesão dos sócios.

Contudo, o documento pode mesmo ser retirado da ordem de trabalhos, o que levaria a que os atuais estatutos fossem mantidos, numa ação que poderia conduzir à pacificação dos ânimos no seio dos adeptos. Ainda assim, a decisão final será tomada na reunião do Conselho Superior dos dragões prevista para esta quinta-feira.

Caso as alterações sejam retiradas da apreciação dos sócios, a AG, que foi agendada para o  próximo dia 20 de novembro, segunda-feira, poderá não ser retomada.

Conheça as alterações propostas mais relevantes

Recorde-se que, entre as alterações que geram mais discussão estão a possibilidade de alterar a data das eleições de abril para até junho, de haver mesas de voto nas Casas do FC Porto, a obrigatoriedade de um sócio ter no mínimo dois anos de associado na categoria sénior ou um ano de associado sénior e um de júnior e a possibilidade dos titulares de órgãos sociais (ou familiares) poderem fazer negócios pessoais com o clube se houver manifesto interesse do FC Porto (até agora só era possível por concurso público ou com aprovação do Conselho Fiscal).

Também tem dado que falar o artigo 76º, número 2, que estabelece a possibilidade de o clube poder fornecer «apoio técnico, financeiro, organizacional, logístico e material» às claques.