Esta terça-feira, em comunicado oficial, o FC Porto anunciou a desistência na construção de uma academia na Maia, projeto que tinha sido iniciado pela anterior administração do clube, liderada por Pinto da Costa.

Agora, em resposta, esta quarta-feira, o presidente da Câmara da Maia afirmou «não haver nada a devolver» e garantiu que o projeto para aquela área «não está afetado».

António Silva Tiago, em declarações aos jornalistas, referiu que, em fevereiro, a SAD do FC Porto pagou 680 mil euros como sinal. Deste modo, tal como diz o mesmo, o sinal e os terrenos «ficam para o município».

«Recebemos o primeiro sinal no ato da adjudicação, 680 mil euros, e depois havia um prazo para entregar um reforço de 510 mil. Na altura, a SAD anterior entregou o cheque, o cheque não teve provimento, esperou-se um bocado, depois houve as eleições para a SAD (do FC Porto) e esperamos uns dias. Foi-nos dito, já com a nova direção, que iam criar condições para que o cheque tivesse provimento, nós aguardámos, o banco aguardou, mas isso não veio a acontecer», registou.

«Tive uma conversa com o novo presidente da SAD (André Villas Boas) que me deu conta que ia criar essas condições, mas depois isso não aconteceu. Foi-me dito que a SAD não teria condições para avançar agora com o projeto e nós compreendemos».

Questionado sobre a não concretização da Academia, o autarca destacou que ficou «um bocadinho triste» e que não vai para o «São João duplamente alegre».

«A câmara da Maia cumpriu integralmente a lei. As notícias que saíram são tudo mentira, uma falsidade completa levantadas por alguém incompetente e ignorante que não sabe ler a lei e lançou uma mentira, tirou valor ao município e descredibilizou os funcionários da câmara», concluiu sobre a legalidade do processo.