Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em entrevista à flash interview da Sport TV, após a vitória frente ao Vizela, por 4-1, na 26.ª jornada da liga portuguesa.

[Análise ao jogo] «Acho que o Vizela teve muitos jogadores em cima da área a defender. Depois da infelicidade ao sofrer aquele autogolo…que acontece. Ele é o maior e melhor profissional que conheci no futebol. Fomos atrás do queríamos, mas é normal depois de uma eliminatória de 120 minutos contra o Arsenal haver todo o desgaste físico e emocional. É ‘normal’ esta primeira parte. A equipa estava com uma atitude competitiva como eu gosto. Mas a falhar o último passe ou o remate à baliza a sair mal, são situações que acontecem. Conversámos ao intervalo e com maior ou menor dificuldade percebemos que íamos fazer golos e ganhar o jogo.»

[Substituições] «Acho que houve um momento em que faltava presença na zona frontal à baliza, estávamos a circular e entrar só por fora. Disse-lhes que continuássemos assim teríamos que fazer alterações. Acho que também tínhamos de entrar por dentro e estávamos a fazê-lo pouco. É verdade que o adversário estava em inferioridade numérica, mas para isso acontecer foi porque o provocamos. Não há história. Foi um jogo da nossa liga, onde uma equipa vem tentar fazer o melhor possível defendendo baixo. Nós fomos criando as situações e fazendo os golos que tínhamos a fazer.»

[O FC Porto não tirou o pé do acelerador] «Nós andamos sempre à procura da maturidade e solidez. Estamos em todas as provas e temos um desgaste grande. Estamos num momento não fácil da vida do clube. Não tem que interferir na equipa, tem de estar imune a tudo aquilo que são assuntos que se passam e gravitam à volta do clube. Nós temos de estar juntos e só juntos é que conseguimos lutar pela Taça e pelo campeonato. Enquanto matematicamente for possível, ninguém desiste. Temos 24 pontos para conquistar e as contas fazem-se no fim.»

[Protestos das claques] «Tenho um grandíssimo respeito pelas claques do FC Porto. Vim para aqui com 15 ou 16 anos. Sempre foram exigentes, muito apaixonados. Hoje (sábado) vi o estádio a apoiar e a tentar entrar dentro do jogo. Parafraseando Pedroto: ‘O público não é o 12.º, mas o primeiro jogador, porque sem eles o clube não existia’. É esse sentimento que eu comungo. Temos de estar todos fortes para ter um FC Porto ainda mais fortes.»