A Galp Energia e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinaram esta sexta-feira o contrato relativo à segunda e última tranche do financiamento do projecto conversão nas refinarias de Sines e Matosinhos, no valor de 200 milhões de euros, de um total de 500 milhões.

Segundo avança a empresa num comunicado enviado à redacção da Agência Financeira, o prazo total deste financiamento é de 16 anos e inclui três anos de carência de capital e 13 anos de reembolso.

A cerimónia de assinatura do segundo contrato decorreu na refinaria de Sines. A representar a Galp Energia esteve o Presidente Executivo, Manuel Ferreira de Oliveira, e o Administrador responsável pelo pelouro financeiro, Claudio de Marco. Da parte do BEI esteve presente o seu Vice-Presidente, Carlos Costa.

Recorde-se que o contrato relativo à primeira tranche do financiamento, no valor de 300 milhões de euros foi assinado em Lisboa no passado dia 16 de Março.

Mais 150 novos postos de trabalho directos

«O projecto de conversão das refinarias, que compreende um investimento global de 1,3 mil milhões de euros, dos quais mil milhões destinados à refinaria de Sines e os restantes 300 milhões à de Matosinhos, e cujos trabalhos de construção arrancaram no final de 2008, vai reequipar as refinarias da Galp Energia com novas unidades de conversão com a mais recente tecnologia», diz ainda o mesmo comunicado.

Este projecto visa «ajustar o perfil de produção do aparelho refinador» da Galp Energia às necessidades do mercado, aumentando a produção de gasóleo em 2,5 milhões de toneladas, já a partir de 2011, através da diminuição da produção de fuelóleo e reduzindo ainda as emissões de gases poluentes.

Com o projecto de conversão, a Galp Energia está a gerar 150 novos postos de trabalho directos, contribuindo para a criação de oportunidades profissionais para trabalhadores qualificados, nomeadamente nas áreas de engenharia.

Na fase de construção, estima-se o envolvimento, em média, de mais de 4.600 trabalhadores nas duas refinarias.

«A conversão das refinarias de Sines e Matosinhos permitirá, entre outros benefícios, equilibrar a oferta e a procura de gasóleo no mercado nacional, reduzindo a factura energética nacional através da diminuição das importações deste produto», rematam.