O Gil Vicente receber o presente do 100.º aniversário – completado no passado dia 3 – este sábado, com a manutenção na I Liga garantida após empate do Portimonense, mas a festa só foi feita este domingo. Depois de ser cantado os parabéns em uníssono pelos adeptos gilistas, Fujimoto e Félix Correia sopraram as velas e deram aos galos mais uma vitória e mais três pontos.

Já o Farense apareceu em Barcelos com uma postura muito defensiva e acabou castigado por um galo cheio de personalidade. Com o triunfo, os gilistas colaram-se ao Rio Ave na 11.ª posição e ultrapassaram, mesmo que à condição, o Casa Pia. Já os leões de Faro permanecem no 9.º lugar, mas ficaram sem possibilidades de apanhar o Famalicão no 8.º posto.

Duas mexidas em cada equipa

Tozé Marreco faz duas alterações depois do empate (1-1) no Bessa. Felipe Silva sai do lado esquerdo da defesa e é rendido por Zé Carlos. No ataque, o angolano Depú vai para o banco e Alipour assume a posição. Também José Mota protagoniza duas mudanças na equipa depois do triunfo caseiro sobre o Estoril (3-2). Na baliza, Ricardo Velho dá lugar a Miguel Carvalho e no meio-campo Cláudio Falcão sai para entrar Fabrício Isidoro.

As duas equipas subiram ao relvado com as contas resolvidas e, sem a preocupação de somar pontos, entraram ‘soltinhas’ com os olhos postos na baliza oposta. Por isso, não espantou ninguém o frenético início de jogo. Aos 20 minutos, já tinha havido dois golos e outras três claras oportunidades.

Félix Correia foi o primeiro a tentar, ao aparecer isolado e a rematar para uma excelente mancha de Miguel Carvalho. Pouco depois, foi Dominguez a aparecer no frente a frente com o guardião algarvio e a rematar ao lado. Na resposta, Rafael Barbosa, após boa jogada dos leões de Faro, a rematar com estrondo à trave. O sinal ‘mais’ estava do lado dos galos e acabaram por marcar.

Gabriel desmarca na área Dominguez, Gonçalo Silva faz um corte defeituoso e Alipour assiste Fujimoto, que rematou colocado para golo. Três minutos depois, Igor Rossi deixou-se antecipar por Murilo que, com um toque subtil, isolou Félix Correia. À segunda vez na cara de Miguel Carvalho, não perdoou.

Vantagem gilista premiava a maior acutilância ofensiva dos gilistas, que apresentavam muita mobilidade na frente de ataque e confundiam a defensiva algarvia. Até ao descanso, destaque para uma assistência de Félix para Alipour – falhou emenda à boca da baliza – e para um remate de Rafael Barbosa a que Andrew respondeu com boa defesa.

Controlar e manter a vitória

Tozé Marreco deixou Dominguez no balneário – já tinha cartão amarelo e tinha tido uma entrada mais ríspida – e lançou em campo Martim Neto. Os leões de Faro entraram melhor para a segunda metade, com maior posse de bola, mas sem criar perigo. Um quarto de hora depois do reatamento, os dois técnicos voltaram a mexer. José Mota lançou Rui Costa para jogar ao lado de Bruno Duarte e Elves Baldé para o flanco esquerdo.

Já o treinador dos barcelenses tirou o amarelado Zé Carlos, fazendo entrar Felipe Silva, e trocou o ponta de lança, saindo Alipour e entrando Depú. Saiu-se melhor o treinador da casa, já que, pouco depois, via Murilo isolado a rematar ao ferro, após picar o esférico sobre Carvalho.  

Até ao final, assistiu-se a um jogo com o Farense a ter maior posse de bola, mas sempre controlado por um Gil Vicente que ganhou personalidade com Tozé Marreco. No final da partida, a equipa deu uma volta de honra pelo estádio.