Um longo bocejo. Fim. Podia ser este o resumo do empate entre o Gil Vicente e o Portimonense. As duas equipas entraram em campo com mais medo de perder do que com vontade de ganhar e a divisão de pontos castiga a falta de ambição das duas formações. Aylton Boa Morte abriu o marcador para os algarvios e Sandro Lima fez, de grande penalidade, o empate.

As duas equipas entravam na partida encostadas na tabela classificativa, mas separadas por um ponto – vantagem para os de Barcelos. Contudo, o estado amímico das duas formações era diferente: os gilistas vinham de um triunfo na Taça de Portugal, enquanto os algarvios haviam sido eliminados. Os dados estavam lançados.

O início do encontro foi morno. As duas equipas entraram receosas e a estudarem-se mutuamente, acusando a posição na tabela que ocupam. Em pensamento, devia estar as únicas e longínquas vitórias no campeonato: os barcelenses apenas ganharam na ronda inaugural; os de Portimão na 2.ª jornada.  Na primeira meia hora os guarda-redes foram meros espetadores, sendo chamados a intervir só muito esporadicamente.

O primeiro abalo o encontro foi dado pelos locais. Kraev desmarcou-se pela direita, ganhou a frente a Rodrigo e cruzou rasteiro para o coração da área, onde surgiu Sandro Lima a rematar para excelente defesa de Ricardo Ferreira. Na resposta, os algarvios foram letais. Excelente passe de Bruno Tabata a desmarcar Aylton Boa Morte que, à saída de Denis, picou a bola por cima e abriu o marcador.

A reação barcelense foi rápida e também apareceu em forma de golo. Baraye entrou a área pela esquerda, puxou para o meio e foi rasteirado por Luca Possignolo. Gustavo Correia não teve dúvidas em assinalar grande penalidade, que Sandro Lima se encarregou de transformar o 1-1.

Os de Portimão entraram melhor na segunda parte, mas sem criar perigo junto da baliza de Denis. O mesmo aconteceu com Ricardo Ferreira, que quase podia ir para a bancada ver o jogo confortavelmente sentado. Começou a dança dos bancos, no entanto pouco mudou. Já a qualidade de jogo, que havia sido pouca no primeiro tempo, ficou nos balneários.

Vítor Oliveira tirou os dois extremos e adaptou Naidji e Sandro Lima, apostando em Kraev na frente do ataque. Foi pior a emenda que o soneto. Os galos não se deram bem com a mudança e os alvinegros continuaram com mais bola, porém não passava disso. Ter a posse do esférico não significou ter oportunidades e, até ao final, continuou a assistir-se a um mau jogo. Dos piores da época.

O resumo do jogo: