Nicolas Sarkozy recebeu mais de 50 milhões de euros de Kadafi, que foi morto a tiro em outubro de 2010, para a eleição do Presidente francês em 2007.

A notícia já tinha sido avançada no ano passado, quando rebentou o conflito civil líbio, pelo filho do ditador, Seif-al-Islam. O filho mais velho de Kadafi afirmou ter sido ele o representante desta transação através de um banco suíço e de uma conta corrente no Panamá. Em março de 2011, Seif-al-Islam exigiu que o ainda Presidente francês, devolvesse o dinheiro que pertencia ao povo líbio.

Esta semana o assunto voltou de novo à ribalta porque o documento, alegadamente comprometedor, surgiu num site ligado ao Partido Socialista francês. Nicolas Sarkozy já reagiu, afirmando que as acusações são «grotescas».

«Se ele tivesse financiado a minha campanha, eu não teria sido tão agradecido», respondeu com ironia, referindo-se à ação determinante que o Governo francês teve no apoio aos opositores do regime de Kadafi, que caiu ao fim de 42 anos de ditadura. Mas o caso promete incendiar a presente corrida eleitoral francesa.