A história do pagamento dos prémios aos jogadores do Gana foi uma das mais rocambolescas do último Mundial. Na véspera do jogo com Portugal, o último da fase de grupos, os jogadores chegaram a ameaçar não jogar se não recebessem o dinheiro que lhes era devido, o que acabou por acontecer.

Contudo, a expressão «mala de dinheiro», naquele caso, era literal. Os jogadores receberam em notas e vários deles até as levaram para os balneários do jogo contra Portugal, em Brasília.

«Muitos dos jogadores tinham os 100 mil dólares num saco nos balneários. Psicologicamente isso feriu muito a equipa», contou Kwesi Appiah, selecionador ganês entretanto despedido.

Foi o próprio presidente ganês John Dramani Mahama a fazer chegar ao Brasil 3 milhões de dólares em numerário através de um voo privado. A chegada do avião passou nas televisões brasileiras e alguns jogadores até foram filmados a beijar o dinheiro no hotel.

«Acredito que se o dinheiro tivesse chegado mais cedo, a moral dos jogadores tinha aumentado. Perdemos com os EUA mas jogámos bem e estivemos a um nível muito grande com a Alemanha. Depois tudo entrou em erupção», lamentou Appiah.

Portugal acabou por vencer o jogo por 2-1, mas as duas equipas foram eliminadas.