O Ministério Público de Espanha abriu, esta segunda-feira, uma investigação ao presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e convidou a jogadora, Jenni Hermoso, a apresentar queixa.

Segundo a Fiscalía, estão abertas «diligências de investigação» e fica aberta a possibilidade de denúncia, por parte de Hermoso, por agressão sexual de Luis Rubiales, visto que o beijo na boca da atleta «não foi consentido». Lembre-se que a situaçã ocorreu aquando da entrega das medalhas pela conquista do Mundial feminino.

Hermoso foi «informada dos seus direitos como vítima de um alegado delito» e tem 15 dias para contactar o Ministério Público. No entanto, a EFE, que cita fonte próxima do processo, refere que está aberto uma diligência «pré-processual».

«O ato sexual sofrido pela jogadora e levado a cabo por Rubiales não foi consentido», pode ler-se no despacho, assinado por Marta Durántez, que assinala ainda a «importante repercussão pública a nível interno e internacional».

Recorde-se que Rubiales beijou Jenni Hermoso enquanto celebravam a conquista do Campeonato do Mundo. Inicialmente, o presidente da RFEF desvalorizou o sucedido, mas depois assumiu o erro. Ainda assim, decidiu não se demitir do cargo apesar de ter sido suspenso pela FIFA e apontou o dedo à jogadora.

Gerou-se uma onda de críticas a Rubiales, as jogadoras campeãs mundiais recusaram voltar a jogar pela seleção enquanto este estiver no cargo. Já Hermoso disse sentir-se «vulnerável e vítima de uma agressão».

Esta segunda-feira a mãe de Rubiales fechou-se numa igreja e anunciou greve de fome até que a «perseguição desumana e sangrenta» ao filho termine.