Cédric Soares admitiu que está «com fome de bola», pois ainda não se estreou pelo Arsenal, clube para o qual se mudou em janeiro. Enquanto espera, o internacional português abordou vários temas, em entrevista à Eleven Sports, entre os quais o Sporting.

Formado no clube leonino, Cédric olha para o antigo emblema. «Sigo sempre o Sporting porque é um clube que significa muito para mim, mas para ser campeão são precisas várias coisas», começou por dizer o lateral. 

«Acho que o Sporting está a tentar encontrar uma plataforma de equilíbrio, o que não é fácil. Há uns anos, tinha problemas graves em várias áreas, mas tem tentado dar a volta», acresentou Cédric, para concluir a ideia de seguida: «Vejo agora um Sporting mais unido, que voltou a apostar na formação, o que é muito positivo, porque tem uma das melhores formações do mundo. Tem de ser um clube formador.»

O internacional português recordou que quando jogava pelas camadas jovens «o plano de jogo identificava-se com a equipa sénior» e que facilitiva ter «o mesmo sistema desde as escolinhas até aos juniores».

Cédric argumentou que «ser campeão é um objetivo final e para isso é preciso superar objetivos intermédios» até lá.

«Ser campeão, tal como um golo, é uma consequência de fazer as coisas certas e bem». É por isso que o lateral acredita que «com as coisas bem feitas, o Sporting pode ser campeão, mas é algo que não surge do dia para a noite, demora o seu tempo, em várias áreas, e os resultados não surgem de imediato».

Arsenal, Van Dijk e Mané

Na mesma entrevista, Cédric abordou temas relacionados com a Premier League. Em janeiro, trocou Southampton por Londres, mas uma lesão não lhe permitiu estar disponível para dar contributo ao Arsenal. 

«É um clube enorme e estando por dentro tenho uma noção melhor», afirmou. «Há muitos jogadores latinos, que falam português ou espanhol, algo que no Southampton praticamente não existia», frisou Cédric.

Ora, no clube do sul de Inglaterra existiram sim dois futebolistas que na atualidade se destacam no campeão europeu Liverpool. 

«Eu era muito próximo do Sadio Mané. É um grande profissional e trabalhávamos muitas vezes juntos no ginásio. É um jogador muito correto», considerou o internacional português.

«Também me dava muito bem com o Van Dijk. Tem imensa qualidade, fez a diferença desde que chegou ao Southampton. É um líder, mesmo não sendo capitão fez ouvir a sua voz mal chegou ao clube», concluiu.