O treinador do River Plate, Marcelo Gallardo, lembrou o papel fundamental e heroico que o ex-Benfica Enzo Pérez teve ao ir à baliza no jogo da Libertadores ante o Santa Fé, a 20 de maio, dia em que colmatou as ausências dos quatro guarda-redes da equipa, que estavam infetados com covid-19.

O técnico de 45 anos diz que Enzo Pérez ficou para a história pela valentia que teve num momento difícil e num dia em que podia ter roçado o ridículo ao ir à baliza durante 90 minutos.

«Jogámos como amadores naquele dia. Defendemos o nosso guarda-redes, que é um companheiro nosso. Possivelmente, qualquer bola que fosse à baliza podia ser golo, por uma questão lógica. Tínhamos de defender com o coração. Foi um alto nível de atenção e de concentração. O Enzo foi o valente que foi à baliza e ficou como um ícone para a história», começou por dizer, em entrevista ao TyC Sports, publicada esta quinta-feira.

«Mas os dez leões que defenderam para evitar que rematassem à baliza… é de um mérito muito grande. Defenderam um companheiro que podia ter caído no ridículo», completou.

Gallardo justificou ainda porque é que permaneceu no River Plate por mais um ano, num tema sobre o qual terminaram as especulações há cerca de duas semanas, com a continuidade confirmada.

«Tomei a decisão com felicidade e também pela resposta que vi nos meus jogadores. Há uma combinação. Estou feliz pela decisão que tomei. Na última fase jogámos bom futebol, foi atrativo ver-nos. Definitivamente, é isso que me move, que a minha equipa seja atraente de se ver», explicou.