Um autogolo de Éder Militão resolveu mais uma edição de «El Clásico» na noite desta quinta-feira e o Barcelona está em vantagem pelo acesso à final da Taça do Rei (0-1).
O Real Madrid, ainda privado de Alaba e com Rodrygo de volta mas a começar no banco, avisou ainda não estava cumprido um minuto de jogo, com Luka Modric a surgir solto pela direita entre o lateral e o central e a rematar à malha.
Numa altura em que o jogo estava globalmente equilibrado, o Barcelona chegou à vantagem após um erro de Eduardo Camavinga num passe atrasado. Os catalães aproveitaram e Ferran Torres serviu Franck Kessié no limite do fora de jogo e Éder Militão fez autogolo após uma defesa para a frente de Thibaut Courtois a remate do internacional costa-marfinense, aos 26 minutos.
Mesmo sem o poder ofensivo de Pedri, Dembelé ou Lewandowski para este jogo, a equipa comandada por Xavi chegou primeiro à vantagem e manteve-a até ao intervalo. O Real Madrid, que aos 12 minutos até marcou por Karim Benzema mas em fora de jogo, ameaçou novamente perto do intervalo, mas Carvajal não deu o melhor seguimento à boa desmarcação e atirou a bola vinda do cruzamento de Toni Kroos para a bancada.
O Real voltou com mais afinco ofensivo na segunda parte e obrigou o Barcelona a esforço defensivo redobrado para evitar êxito em vários cruzamentos, cantos e jogadas de bola corrida. Ter Stegen teve de socar bolas e Ronald Araújo, importante na retaguarda, deu o exemplo com uma ação fundamental para travar o 1-1 a Vinícius ao minuto 49. Um corte a deslizar pela relva que evitou um golo quase certo.
Ancelotti lançou Rodrygo ao minuto 67, tirando Nacho e reforçando a equipa na frente. Contudo, foi o Barcelona a ter, provavelmente, a melhor ocasião para dar outra cor ao resultado. Ansu Fati, recém-entrado, “tirou” um golo à equipa, ao tocar para fora, de forma indesejada, um remate com selo de golo de Franck Kessié (73m).
Pouco depois, Ancelotti refrescou o meio-campo com a entrada de Tchouaméni para a saída de Kroos e o Real Madrid continuou a atacar mais, mas não conseguiu bater Ter Stegen apesar dos muitos esforços. Mérito também de um Barcelona que soube defender e tapar espaços. E que soube sofrer.
Na reta final, o jovem uruguaio Álvaro Rodríguez, que se estreou a marcar no dérbi de Madrid frente ao Atlético, entrou para a saída de Modric. A equipa acabou numa espécie de 4x2x4, com Camavinga a lateral e Tchouaméni com Valverde no meio, mas não houve fogo ofensivo suficiente com Vinícius, Benzema, Rodríguez e Rodrygo. O último ainda teve um remate perigoso em cima do minuto 90, mas passou ao lado.
Além da desvantagem de sete pontos na liga, a equipa da capital tem agora outra desvantagem para superar face ao rival nas competições internas. Por outro lado, o Barcelona soma um triunfo importante, na sequência da derrota com o Almería no campeonato (1-0) e da eliminação na Liga Europa frente ao Manchester United.
A segunda mão está marcada para dentro de pouco mais de um mês, a 5 de abril (21h00) em Barcelona.
O vencedor deste duelo vai defrontar, na final, o vencedor do embate entre Osasuna e Athletic Bilbao, que jogam a segunda mão a 4 de abril. Na quarta-feira, o Osasuna venceu por 1-0 em casa e adiantou-se na eliminatória.