Antigo jogador de alto nível e com trabalhos também como treinador, Thierry Henry apresentou uma série de medidas para, na sua opinião, melhorar o futebol.

Na CBS, durante a transmissão a propósito do Milan-Inter de Milão, da Liga dos Campeões, o ex-internacional francês teve a oportunidade, numa brincadeira, de ser rei, e apresentou cinco regras que gostava de ver implementadas no jogo.

«Se eu fosse rei… primeira regra: quando uma equipa se recusa a jogar – com perda de tempo ou a atirar a bola para fora –, o árbitro pode dar um livre à equipa prejudicada, como acontece no râguebi. Se o adversário se recusa a jogar, podes ter um livre a 25 jardas da baliza, de onde quiseres. Isso vai obrigar a outra a equipa a jogar», começou por dizer.

«Segunda: se uma equipa marca pelo menos três golos num jogo, tem mais um ponto. Não importa o resultado. Se marcas três golos, um ponto. Mesmo que percas 5-3, por exemplo. Terceira, e esta é importante para mim: os árbitros têm de falar à imprensa no final dos jogos, e usar um microfone durante os encontros. Para explicarem as decisões que tomam. Quando alguém explica qual foi o raciocínio e pedir desculpa, as pessoas geralmente seguem em frente», continuou.

Henry revelou depois qual é a quarta regra, dando até o exemplo de Greg Popovich, um dos melhores treinadores da história da NBA, e histórico técnico dos Spurs.

«Quarta regra: o diretor-desportivo, ou quem for o responsável por fazer o recrutamento de determinado clube, têm de investigar bem antes de contratarem. Já vi muitos jogadores fora do contexto certo. Dou um exemplo: o Coach Pop, Greg Popovich, dos San Antonio Spurs. Passou duas semanas com o Tim Duncan nas Ilhas Virgens para ter a certeza que ele era a escolha certa para os Spurs, porque iria ser a cara da franquia. Porque muitas vezes acusa-se um jogador de não se adaptar, mas nunca falaram com ele, não sabem qual é o seu passado. Às vezes não é só sobre jogar futebol», defendeu.

Por fim, a última medida tem a ver com as substituições temporárias: «A próxima: permitir substituições temporários enquanto jogadores lesionados estão a ser analisados. Há o exemplo das concussões, em que os médicos precisam de ter mais tempo para analisar se o jogador lesionado está bem. assim evita-se que equipas joguem temporariamente com dez, e que os médios tenham pressa em avaliar os jogadores que estão a receber assistência.»