O treinador do Benfica, Jorge Jesus, em declarações após o jogo com o PSV Eindhoven, da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, que os encarnados venceram por 4-1:

Eliminatória está ultrapassada?

«Não, sabemos que o quarto golo dá-nos muita margem de vantagem, para passar. Mas no futebol tudo é possível. O PSV é uma equipa muito forte ofensivamente, não foi o aqui porque nós estivemos muito bem. Em casa joga muito mais em termos ofensivos, nós não deixámos o PSV jogar porque olhámos para o modo de atacar deles. Também sabemos que na Holanda são mais fortes. Os nossos adeptos também foram determinantes, não é fácil jogar num estádio destes, em que o público esteve 90 minutos a puxar pelo Benfica. Foi uma noite quase perfeita.»

Não deixar o PSV sair a jogar foi fundamental?

«Sim, é uma equipa que começa a desequilibrar na fase de construção. O Cardozo e Saviola foram muito pressionantes, para que os centrais não conseguissem jogar e isso foi determinante para bloquear o PSV nos primeiros 45 minutos.»

Quando diz noite quase perfeita, o que acha que não foi? Acha justo os assobios ao Roberto?

Quando digo quase perfeita quero dizer que é importante não sofrer golos. Do ponto de vista colectivo, estivemos muito bem. Também quero lembrar que, se hoje estamos nos quartos-de-final, o Roberto teve grande mérito com o PSG. Esteve excelente nos dois jogos. O importante é ele ter a confiança necessária, dos colegas, do treinador e dos adeptos. O guarda-redes é um lugar específico e quando falha olha-se para ele de modo diferente de um jogador de campo. O importante foi o quarto golo, para dar mais uma ideia do que foi o Benfica nos 90 minutos. O PSV não nos criou grandes dificuldades e acabou por fazer um golo.

Luisão e Jardel cumprimentaram Roberto, o capitão foi a sua extensão em campo?

«Todos os jogadores sabem que podem errar e quando a um não corre bem um lance, é normal que os outros sejam solidários e motivem, é o comportamento correcto de qualquer colega.»