O treinador do Benfica, Jorge Jesus, declarou esta terça-feira à noite que não cometeu qualquer agressão em Guimarães e que o que fez foi tentar serenar os ânimos quando os adeptos foram travados pela polícia no final do jogo. Jesus não deixou também de pedir desculpa às autoridades por qualquer exagero.

O técnico dos encarnados está com termo de identidade e residência determinado pelas autoridades após os incidentes ocorridos no D. Afonso Henriques. Jorge Jesus revelou à «Benfica TV» que estes trâmites decorreram «dentro da normalidade de um processo legal como cidadão».

«Agora é esperar dentro do habitual e vou aguardar serenamente. Não cometi nada de especial. Não agredi ninguém. Sempre pensei no adepto que fez seiscentos ou setecentos quilómetros para partilhar connosco a vitória», afirmou o treinador dando uma garantia: «Tentei sempre serenar os ânimos para que o adepto pudesse regressar com o seu troféu: a camisola.»

Jesus contou que depois de ter dado a sua autorização para os jogadores irem oferecer as camisolas aos apoiantes benfiquistas viu «um adepto a ser bloqueado pelas autoridades». «Tentei ajudar o miúdo a pedir para o largarem». «A minha ideia foi sempre a de poder ajudar em toda a situação», exlicou.

«Não agredi ninguém nem nunca me passou pela cabeça» reforçou o técnico fazendo uma referência: «Como cidadão nunca tive problemas com a autoridade e como treinador também não.» «Respeito imenso a autoridade», garantiu Jorge Jesus declarando: «Se exagerei na tentativa de ajudar que o miúdo fosse para as bancadas, só posso pedir desculpa às autoridades.»

A «Benfica TV» adiantou que «não existe qualque referência de agressão ou tentativa de agressão» no relatório da polícia. O treinador aguarda agora pelas autoridades judiciais para ser ouvido, mas vai viajar «sem problema» para Paris, onde o Benfica defronta o PSG.

O Conselho de Disciplina (CD) da FPF instaurou também um processo de inquérito, mas a justiça desportiva não aplicou qualquer castigo. Diz a «Benfica TV» que o CD quer ouvir o treinador.

Todas estas informações tinham sido escritas durante o dia pelo «Maisfutebol».