Não foi a melhor as noites para o Sporting de Braga.

O adversário era um desafio . Sem Fransérgio e Ricardo Horta e com Carvalhal a deixar habituais titulares no banco - apesar da qualidade global do plantel - os minhotos saíram de mãos a abanar na luta pela liderança isolada do grupo G. E com um resultado pesado.

O Leicester bateu o Sp. Braga por 4-0 no King Power, alcançando a sua maior vitória caseira da história em jogos das provas da UEFA. Iheanacho, após um golo em cada parte, assistiu para Praet fazer o terceiro e a goleada foi selada por aquele que foi, talvez, o homem mais irreverente em campo: James Maddison.

Brendan Rodgers deixou Vardy, Barnes, Nampalys Mendy e Praet no banco, mas tinha quem assumisse o ataque das raposas aos guerreiros.

A base passou muito pelas dificuldades defensivas do Sp. Braga em parar a inteligência e talento de Maddison e o poder físico e eficácia de Iheanacho. Isso e algumas desatenções na retaguarda, que foram deixando Carlos Carvalhal insatisfeito. 

Com cinco novidades no onze inicial, a principal Abel Ruiz, o Sp. Braga surgiu assente numa estrutura com três defesas, com Esgaio e Galeno mais responsáveis pelos corredores, na ajuda ao ataque e à defesa.

O Leicester começou melhor, mas pouco ameaçador. A verdade é que não precisou de muito para desatar o 0-0. Iheanacho foi mais lesto após um lançamento, criou o desequilíbrio entre três defesas e bateu Matheus após combinação com Maddison (20m): muita permissividade minhota atrás.

A diferença não foi maior ao intervalo porque Matheus fez uma enorme defesa a remate de Maddison em cima do apito para o descanso.

Pelo meio, o Sp. Braga equilibrou após um cabeceamento de Bruno Viana (26m), mas a melhor ocasião foi criada por um adversário: Choudhury arriscou no corte e valeu Schmeichel a despachar. O Leicester controlava sem ferir à frente e o Sp. Braga pautou pela paciência em ganhar espaços, que eram poucos. Ao minuto 37, João Novais lançou Paulinho no espaço: dava um golaço, se o avançado, chamado à seleção, tivesse acertado na bola.

Os guerreiros tentaram acalmar as raposas após o intervalo. Mas a investida foi letal e novamente por Iheanacho: o remate desviou em Bruno Viana, bateu Matheus e foi uma palmada forte nas aspirações portuguesas (47m).

O espanhol Abel Ruiz quase foi feliz ao minuto 52, mas atirou à malha, na melhor ocasião bracarense. O passe de Galeno – que até estava ligeiramente adiantado na origem do lance – é brilhante. Faltou concluir melhor.

A verdade é que o Leicester não precisou de criar em demasia para ser eficaz. Pela pressão no meio-campo contrário e vontade de mais e mais, as raposas saciaram-se quando Iheanacho assistiu o recém-entrado Praet para o 3-0 ao segundo poste (67m).

Estava feito, mas o homem do jogo quis deixar a sua marca. Sem abrandamento, ao minuto 79, Maddison recebeu de Ayoze Pérez e beneficiou de um ressalto para ‘furar’ entre Bruno Viana e David Carmo para o 4-0 final.

É certo que o Sp. Braga levou com ressaltos e um desvio em três dos quatro golos, mas houve erros, as raposas dominaram os guerreiros e lideram com o pleno de vitórias. O AEK goleou na Ucrânia e fica a três pontos do Sp. Braga, que segue em zona de apuramento.