As taxas de juro comerciais e interbancárias, as Euribor, não param de subir. A taxa a um ano acaba de ultrapassar a barreira dos 5,5%.

Estas taxas são utilizadas como indexantes dos contratos de crédito (em Portugal predomina a taxa a seis meses), mas também dos empréstimos que os bancos fazem entre si. Devido à crise financeira, os bancos estão com falta de liquidez e com dificuldades em conseguir financiamento, o que está a provocar a subida das taxas, apesar de o Banco Central Europeu ter vindo a manter a taxa de referência estável nos 4,25%. Também o subprime aumentou o receio de incumprimento por parte dos devedores, e uma avaliação de risco mais severa obriga os juros a subir.

Esta quarta-feira, a taxa a 12 meses atingiu os 5,05%, a taxa a seis meses está os 5,405% e a taxa a três meses nos 5,291%.

O Banco Central Europeu (BCE) volta a reunir-se esta quinta-feira para decidir o rumo das taxas de juro, com os analistas a apontarem para uma manutenção do preço do dinheiro, devido às pressões inflacionistas que se mantêm elevadas. No passado mês de Setembro a taxa de inflação da Zona Euro baixou para 3,6%, mas mesmo assim está bastante acima da meta de 2% indicada pelo BCE como consistente com o seu mandato: a estabilidade de preços.