Assistente no processo no caso da divulgação dos e-mails do Benfica, o advogado dos encarnados, Rui Patrício, considerou positivo que tenha havido uma condenação e admitiu que vai ponderar um eventual recurso depois de analisar o acórdão.

«As condenações não se medem em meses, nem anos. Para nós, o que era importante era que houvesse uma condenação e que se reconhecesse o que se reconheceu: Em primeiro lugar, foi um comportamento criminoso e injustificável, em segundo lugar houve manipulação de informação e em terceiro lugar houve mentira», disse, citado pela agência Lusa.

João Medeiros, que também representou o clube da Luz, vincou que «a condenação deixa a defesa dos representantes do Benfica satisfeitos».

«Nós, no fundo, não estávamos à espera que num processo desta natureza houvesse condenações efetivas, para nós o importante é que a narrativa da corrupção caísse por terra, e essa narrativa caiu», frisou.

«A rivalidade é salutar, a rivalidade entre clubes é salutar e é isso que provoca a superação, agora a rivalidade não pode ser a qualquer custo. O que este acórdão vem confirmar é que não vale tudo», acrescentou.

Recorde-se que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, foi condenado a um ano e 10 meses de prisão com pena suspensa, enquanto Diogo Faria, diretor de conteúdos do Porto Canal, foi condenado a nove meses de prisão, com pena suspensa durante um ano.

Já Júlio Magalhães, que à data dos factos era diretor do Porto Canal, foi absolvido de todos os crimes de que era acusado.