O criador do Football Leaks, o português Rui Pinto, vai a julgamento por 242 crimes.

A decisão instrutória do Tribunal Central de Instrução Criminal, quanto ao processo em que respondia por 377 crimes, relacionado com o acesso a e-mails do Benfica e outras entidades foi, como noticia a CNN Portugal, conhecida na tarde desta segunda-feira.

Rui Pinto beneficiou da lei da amnistia aprovada em 2023 devido à Jornada Mundial da Juventude, em 134 dos 377 crimes de violação de correspondência que lhe eram imputados. A juíza decidiu também não pronunciar Rui Pinto por um dos 202 crimes de acesso ilegítimo.

Segundo a acusação, estavam em causa 202 crimes de acesso ilegítimo, 134 de violação de correspondência, 23 de violação de correspondência agravado e 18 de dano agravado.

Este processo surge já depois de duas condenações anteriores para o acusado, uma em Portugal e outra em França.

Rui Pinto, que falhou o final do debate instrutório, a 2 de fevereiro, por se encontrar em França a colaborar com autoridades europeias num processo, responde por este processo após ter sido condenado, no caso Football Leaks, em setembro de 2023, pelo Juízo Central Criminal de Lisboa, então a quatro anos de prisão com pena suspensa, por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo.

O alegado hacker de 35 anos foi também condenado, em novembro de 2023, a seis meses de prisão em França, com pena suspensa, por aceder ilegalmente a e-mails do Paris Saint-Germain.