Confira a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores
No primeiro lance da partida, Rybus pegou na bola e arrancou por ali fora, pressionado por João Pereira e conquistou um pontapé de canto. Ainda não tinha decorrido um minuto e o Sporting estava encostado às cordas. O Legia atacava em bloco, com uma pressão alta e um futebol vertical, direcionado à baliza de Patrício. Sem bola, os polacos atacavam o adversário de forma agressiva e, com marcações cerradas e não deixavam os leões passar da linha do meio-campo com a bola controlada.
Os polacos estavam obrigados a marcar e bem fizeram por isso no início do jogo. Com um bloco bem adiantado, obrigaram o Sporting a encolher-se, sem tempo para pensar o jogo e concentrado exclusivamente em tentar anular as muitas investidas do adversário. Tal como frente ao Paços de Ferreira, no último jogo, os leões demonstraram muitas dificuldades em dar profundidade ao seu jogo, com muitos passes laterais e muitas perdas de bola a permitir que o adversário voltasse à carga. Foram quase vinte minutos de sufoco. Só quando os polacos abrandaram o ritmo é que o leão conseguiu respirar, trocando a bola mais longe da baliza de Patrício, mas também ainda longe dos ferros de Kuciak.
Nem Matías Fernandez, nem Schaars e muito menos Carriço, conseguiam dar ordem ao jogo leonino que se diluía na persistente pressão polaca. Uma exceção para duas boas combinações entre Carrillo e João Pereira sobre a direita. Zyro, Gol e Rybus, em linha, foram donos e senhores do meio-campo ao longo de toda a primeira parte, com um futebol arcaico, assente na velocidade e pragmatismo, mas com eficácia na conquista de espaços. Do lado dos leões, ficou o resisto de uma única oportunidade, num livre de Matías, à figura de Kuciak. Mas a verdade é que os polacos estavam a perder gás e no início da segunda parte isso foi ainda mais evidente.
Maciej Skorza, por estratégia ou por cansaço físico dos seus jogadores, mudou claramente os planos para o segundo tempo, recuando a sua equipa em bloco, cedendo a iniciativa ao Sporting, para passar a jogar em contra-ataque. Os leões, menos pressionados, continuavam a demonstrar as mesmas limitações para chegar à área de Kuciak e só aceleravam para anular um ou contra-ataque polaco.
O Sporting também teve problemas físicos. Primeiro Carrillo e logo a seguir o caso crónico de Rodríguez obrigaram às entradas forçadas de Capel e Xandão. Mas ainda com quinze minutos para o final, Sá Pinto teve mesmo de esgotar as substituições devido a mais um caso crónico: Izmailov. A eliminatória seguia, assim, imprevisível, com os polacos cada vez mais cansados, mas sempre mais perto do golo, quando, na marcação de um livre que parecia inofensivo, Matías atirou cruzado para golo. Um enorme suspiro de alívio foi audível em Alvalade. A eliminatória estava agora mais segura, mas os polacos nunca baixaram os braços e levaram o sofrimento dos leões até aos últimos instantes.
O Sporting passa à fase seguinte, mas deixa muitas dúvidas quanto ao seu potencial para, na próxima eliminatória, fazer frente à equipa de Roberto Mancini.
RELACIONADOS
LE: Sporting-Legia, 1-0 (resultado final)
Acidente com autocarro de adeptos do Legia no Saldanha
Matías: «A exibição não foi a melhor, mas conseguimos o objetivo»
Sporting: lesões de Carrillo, Izmailov e Rodríguez não preocupam
«Que Sá Pinto seja o Guardiola do Sporting»
Xandão: «Felizmente a equipa deu-me esta prenda»
Sá Pinto: «Fomos inteligentes e pragmáticos»
Sporting: e a partir daqui também com bom futebol?
Sá Pinto e as lesões: «Estou cá há cinco dias»
João Pereira: «Mudámos de mister e as lesões continuam»
LE: Sporting-Legia, 1-0 (destaques)