A pré-temporada do avançado colombiano tinha misturado os sinais promissores (o golo ao Nacional, logo no primeiro dia, e principalmente o golaço à Fiorentina) com as interrogações - alguns falhanços comprometedores na pequena área, a deixarem a ideia de que funciona melhor como segundo avançado, ao lado de um parceiro mais fixo do que como referência de área.
Sem Slimani, por questões burocráticas, Leonardo Jardim deu-lhe confiança, no eixo do ataque, bem enquadrado por Carrillo e Wilson Eduardo, primeiro, e Capel, depois. Foi dos pés de Wilson Eduardo que saiu o cruzamento para o seu primeiro, um desvio pouco ortodoxo, à boca da baliza, com a parte de cima da coxa. A eficácia veio primeiro, o estilo chegou depois: na segunda parte, diante de um Arouca cada vez mais aberto, o colombiano beneficiou de dois bons serviços de Capel para marcar, de cabeça, e culminar uma tarde inesquecível com um golo de pura classe. As dúvidas sobre as suas aptidões como referência de área continuam a existir, e a ser legítimas. Mas é com tardes como estas que Montero pode silenciá-las, e afastar de vez os fantasmas de nomes como Liedson e Van Wolfswinkel.
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