O embate entre o Nápoles e o Barcelona em casa de Diego Maradona acabou com um empate 1-1, mas o antigo craque argentino não terá ficado muito satisfeito com a prestação das suas antigas equipas no estádio que tem o seu nome. Os catalães entraram melhor e marcaram primeiro, com mais um golo de Lewandowski, mas os italianos empataram, quinze minutos depois, por Osimhen e deixaram tudo em aberto para o segundo jogo na Catalunha. É a terceira vez em três eliminatórias que as duas equipas empatam 1-1 na primeira mão.

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Num duelo entre duas equipas em plena crise, nos respetivos campeonatos, entrou melhor a equipa de Xavi, com mais posse de bola, a assumir as despesas do jogo, a trocar bem a bola e a atacar a profundidade pelas alas, com João Cancelo, neste aspeto, muito ativo sobre a esquerda, a conseguir escapar opor várias vezes nas costas de Di Lorenzo para chegar à linha de fundo.

O Nápoles, agora sob o comando de Francesco Calzone, apresentou-se mais na expetativa, mais preocupado em fechar todos os caminhos para a baliza de Alex Meret do que propriamente atacar a de Ter Stegen.

A primeira meia-hora foi, assim, marcada pelo ritmo imposto pelo Barça que até teve oportunidades para abrir o marcador. Lamine Yamal, o mais jovem deste edição da Champions, deu o primeiro sinal, com um remate por cima da trave logo a abrir o jogo. Com uma pressão alta, o Barça recuperava a bola logo depois de a perder e o jovem de 16 anos teve nova oportunidade para colocar Meret à prova.

Uma investida de João Cancelo proporcionou nova oportunidade para o Barça, com o lateral a cruzar da esquerda para o remate de Lewandowski às malhas laterais. Logo a seguir Gundogan também testou um remate de média distância, mas, nesta altura, o Nápoles já estava a crescer no jogo. A equipa italiana foi ganhando confiança e a verdade é que, a cada jogada, foi conseguindo chegar mais à frente, ao ponto de obrigar o Barça a recuar a toda a linha.

O Nápoles chegou a apertar com os catalães que contaram com um Ronald Araújo inspirado e em boa forma para antecipar-se a Osimhen e Politano em lances perigosos pouco antes do intervalo.

A segunda parte começou da mesma forma, com um Nápoles cada vez mais confiante e um Barça sem argumentos para voltar a pegar no jogo. Frenkie de Jong e Gundogan bem tentavam puxar a equipa novamente para a frente, mas agora eram os italianos que recuperavam rápido e saíam a jogar.

A contenda acabou por equilibrar-se e foi nesta altura que o Barça adiantou-se no marcador. Grande passe de Pedri pelo corredor central, com Lewandowski a rodopiar entre os centrais e a bater Meret com um remate colocado. Foi o quinto golo do polaco nos últimos quatro jogos.

Calzone não perdeu tempo, retirou Kvaratskhelia, uma das principais referências do campeão italiano, do jogo e o Nápoles reagiu em força, numa altura em que o Barça queria começar a gerir a curta vantagem. A verdade é que os italianos acabaram por chegar ao empate, quinze minutos depois, com um golo parecido com o do Barça. Passe vertical de Anguissa, Osimhen rodopia sobre Iñigo e atira a contar.

As bancadas voltaram a despertar e o Nápoles ainda tentou chegar à vitória, subindo as suas linhas, agora com Simeone e Raspadori em campo, mas a última oportunidade do jogo foi de Gundogan que atirou a rasar o poste.

João Félix, recuperado de lesão, ainda foi chamado ao jogo, aos 86 minutos, mas mal tocou na bola e, no final, trocou de camisola com Mário Rui, que não saiu do banco.

Foi a terceira eliminatória entre estes dois emblemas e todas elas terminaram com o mesmo resultado: 1-1. Fica tudo adiado para Montjuic.