Leonel Pontos assumiu, na antevisão do jogo com o PSV Eindhoven, que a reconstrução da equipa do Sporting vai ser feita passo a passo, a conta-gotas, e o próprio jogo desta quinta-feira vai servir para procurar fazer a equipa evoluir. É que o tempo é algo que não existe nesta altura para os lados de Alcochete.

O novo treinador rendeu Marcel Keizer numa altura em que boa parte dos jogadores estava ao serviço das seleções, mas mesmo depois disso, não tem tido muito tempo para treinar e impor novas dinâmicas.

«É preciso criar dinâmicas importantes na equipa. Como não temos vindo a treinar, o jogo serve também para melhorar alguns aspetos de dinâmicas coletivas que são necessárias nesta fase. Queremos representar o Sporting com dignidade e lutar pelos três pontos que é aquilo que fazemos cada vez que competimos», destacou.

Mas sem espaço para treinar, as novas rotinas vão ser administradas a conta-gotas. «Não é fácil. Primeiro temos de envolver os jogadores num determinado compromisso coletivo em que mudamos a forma de jogar e em que eles acreditem que é o caminho mais certo para seguir. Depois é treinar no pouco tempo que temos, com menos intensidade, com menos volume de trabalho. É trabalhar no campo, com imagens, com reuniões individuais, com reuniões setoriais e, à medida do tempo, tentamos implementar as ideias, controlando-as no jogo, corrigindo e avançando no nosso caminho», explicou.

Uma ideia que está moldada, com pouca flexibilidade. «Procuro também dar a ideia que podemos alterar em função das características dos jogadores, das características do adversário, mas seguindo uma ideia muito concreta. Não podemos fugir muito dela, quanto mais nos dispersamos, menos ideia temos. Estamos a conseguir pequenas coisas, a cada treino, a cada momento de jogo. É isso que pretendemos já neste jogo», insistiu.

O Sporting está numa fase de reconstrução, mas o treinador considera que, neste quadro, é possível acrescentar alguma imprevisibilidade no jogo. «Nós estamos numa fase de reconstrução, de criação de novas dinâmicas, onde não há espaço para treinar. O jogo vai nos dar algumas ideias do jogo que queremos. Queremos criar alguma surpresa no jogo, alguma imprevisibilidade, tentar equilibrar as forças, dentro daquilo que são as diferenças entre uma equipa que faz quinze golos e sofreu um, contra uma equipa que faz oito e sofreu seis», acrescentou ainda.