Gian Piero Gasperini considerou que este seria «o momento certo para sair» da Atalanta após a conquista da Liga Europa frente ao Bayer Leverkusen, em Dublin, mas acabou por não responder acerca da sua continuidade no clube.

«Nunca antes tínhamos sentido o apoio de todos os adeptos e colocámos a energia deles em campo. Os rapazes foram extraordinários desde o início e na forma como abordaram a final. A final de Roma [Taça de Itália perdida para a Juve] foi difícil de digerir. Tínhamos feito bons jogos, mas tínhamos a sensação de que não tínhamos atingido todo o nosso potencial. Compensámos esta semana. Tenho de agradecer a toda a gente que me fez fazer este trabalho. Depois, aqui em Bergamo, fizeram-me trabalhar com grande confiança. Às vezes sou um pouco repetitivo, tenho consciência disso, mas sempre tenho a ambição de fazer algo mais», começou por dizer.

«Futuro? Neste momento vamos celebrar. Tenho de falar com o presidente, agora vamos festejar. Se fosse preciso encontrar um momento para sair, seria este, como vencedor. Ganhar como a Atalanta ganhou, sem dúvidas, acho que é uma ótima forma de triunfar. Dedico esta vitória à cidade de Bérgamo. Não sou melhor do que ontem só porque ganhei», acrescentou.

Mais tarde, o treinador voltou a ser questionado sobre a continuidade no clube pela Sky italiana e respondeu de forma invulgar (no mínimo).

«Mesmo que me chamem sargento de ferro, sempre pensei que consegues melhores resultados quando convences um jogador a jogar para a equipa e que isso o beneficia também. Caso contrário ele estaria a fazer-te um favor sem estar convencido. Tenho jogadores que vão ser treinadores. Acredito que é preciso propor algo que as pessoas gostem. Se fico na Atalanta? Vamos celebrar. É como ter uma mulher e um filho, estar feliz, mas se uma mulher bonita passa à tua frente...», concluiu.