Uma semana depois, o Arouca volta a enfrentar um rival na luta pela permanência. Depois de superar o Olhanense (2-0), a visita a Paços de Ferreira encerra outras exigências, mas a abordagem será muito semelhante.

«Nós apresentamos uma postura diferente em relação ao Paços, estamos perfeitamente dentro do planeado, e vamos com um espírito de missão para, junto de um adversário direto, manter a supremacia em termos de confronto, no mesmo contexto da semana passada, com o Olhanense», revelou esta sábado Pedro Emanuel, no lançamento da partida.

«Vou fazer minhas as palavras do Serginho. Para nós, o respeito que temos pelo adversário, leva-nos a encarar o jogo como se fosse uma final. É uma luta direta, com uma equipa imediatamente abaixo de nós em termos classificativos, e que quererá a nossa posição, se vencer. Nós temos a noção de que, se vencermos, estaremos a um passo da manutenção», prosseguiu, destacando os méritos da chegada de Jorge Costa:

«Nos últimos três jogos, o Paços venceu dois e teve um impulso extraordinário em termos de alento para o resto da época, depois de tempos atribulados, com três treinadores. Isso pouco nos diz, porque o desempenho que nós pretendemos ter amanhã é ditado pela nossa forma, confiança, e tudo aquilo que vamos meter em campo.»

O técnico disse ainda esperar um encontro de nervos, da parte dos castores, para o qual a equipa está preparada. «Vai ser jogo de alguma tensão, sobretudo pelo Paços, que vai querer entrar forte e mandar no jogo, mas nós temos a noção das nossas capacidades, do nosso rigor, e do espírito que nos diferencia e torna cada vez mais fortes», retorquiu.

«Temos uma pressão boa, de querermos ganhar e de, uma vez por todas, irmos para um lugar que acho que a equipa tem mostrado que merece. Um lugar de continuidade, entre os grandes do futebol português», acrescentou, mostrando-se compreensível para com a situação dos pacenses:

«Não me surpreende esta subida. Todos sabemos que foi uma época atípica para o Paços, até em função do ano anterior. Está recheado de bons elementos, aqui e ali teve infelicidade em alguns resultados. O futebol é isso, quando se entra numa espiral negativa, por vezes, mais do que o poder técnico, é preciso ter uma grande força e determinação para inverter o sentido das coisas.»

Para finalizar, sobre os problemas em volta da utilização do estádio, que levam o clube a reunir-se este sábado à noite com os sócios, o técnico remeteu o tema para quem de direito. Ainda assim, garantiu que não tem afetado trabalho diário, até porque a direção tudo tem feito para que nada falte à equipa.