O Boavista conseguiu um triunfo precioso na receção ao Moreirense (1-0) e deu um salto na tabela, ao passar, à condição, do 13.º para o oitavo lugar. Uma vitória fundamental nas aspirações dos axadrezados, que aguentaram o domínio dos cónegos com as linhas mais recuadas, antes de Miguel Reisinho saltar do banco e fazer um golo de levantar o estádio.

Se o objetivo da permanência está ao virar da esquina para o Boavista – está a dois pontos dos 30 – o Moreirense pode aqui ter sofrido um duro golpe na ambição europeia.

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Foram prometedores os primeiros minutos de jogo, com uma ocasião para cada lado que testou a atenção dos guarda-redes. Contudo, foram também fogo de vista, isto porque o jogo abrandou (e muito) de ritmo a partir de meio da primeira parte.

O Moreirense mostrou mais capacidade e conforto com bola no pé, perante um Boavista muito compacto e com o quinteto defensivo muito organizado. Por isso, os cónegos sentiram muitas dificuldades em penetrar no bloco axadrezado e criar perigo.

Por outro lado, o Boavista, que até mostrou boa reação à perda de bola, praticamente não conseguiu ligar jogo, o que até pode ser explicado pela ausência do castigado Seba Pérez, habitual cérebro da equipa boavisteira. Assim que recuperava a posse, o Boavista tinha pouca gente para atacar a baliza adversária e praticamente não incomodou Kewin até ao intervalo.

Aquando da recolha aos balneários, o Moreirense dominava em praticamente todos os dados estatísticos e acentuou a superioridade no recomeço da partida, com duas tentativas de Madson.

Mas o Boavista continuou muito organizado na sua estratégia defensiva e, a partir do último quarto de hora, começou, aos poucos, a subir linhas. Salvador Agra e Bruno Lourenço ainda ameaçaram com remates de meia distância, mas foi Miguel Reisinho que, quatro minutos depois de ter sido lançado a jogo, desatou o nulo, à «lei da bomba».

O jogo estava muito amarrado ao 0-0 e só com um remate indefensável como o do camisola 10 – que bem lhe fez jus – é que podia ter sido resolvido.

A pantera ganhou ânimo e cerrou os dentes para segurar a vantagem mínima, perante o «pressing» final do Moreirense, que sai do Bessa sem qualquer ponto.