Figura: Simon Banza

É o «bombardeiro» do Sp. Braga. Esse estatuto ninguém lhe tira – nem com as semanas de ausência com a participação na CAN. O internacional pela República Democrática do Congo voltou a ser o goleador que os bracarenses precisavam. Banza é cada vez mais capaz de fazer várias coisas: cai nas laterais e joga em apoio, é capaz de arrancar em drible (o 0-1 foi assim) e raramente desperdiça na área. Marcou dois dos quatro golos dos minhotos no Bessa (ficou perto do hat-trick), deu um a marcar e alcançou Gyokeres no topo da lista de melhores marcadores da Liga.


Momento do jogo: dois golos de rajada, 44m

Dois minutos depois de Banza ter quebrado a resistência do Boavista, o Sp. Braga chegou ao 0-2. Tudo bem feito com Serdar a descobrir Abel Ruiz e este a deixar a bola para Roger. O jovem extremo passou a bola a Horta que picou (passe delicioso) para o espanhol que apareceu a finalizar na cara de João Gonçalves. O golo foi, no fundo, o prémio (justo) pelo bom desenho ofensivo.


Outros destaques:

Miguel Reisinho: exibição para esquecer (à imagem de toda a equipa, de resto). O médio ficou ligado ao primeiro golo do Sp. Braga quando perdeu a bola para Roger e depois, no 3-0, não foi capaz de travar Borja antes de este servir Banza. Reisinho já fez (bem) melhor esta época.


Abel Ruiz: jogo completo do avançado bracarense. O espanhol entendeu-se às mil maravilhas com Banza, deu-se bastante ao jogo e não raras vezes surgiu nas costas dos médios contrários para ligar o jogo (Horta também pisou esses terrenos). Ruiz marcou o golo que deixou o jogo paticamente resolvido juntando-se ao «banquete» do companheiro de ataque.

João Moutinho: «Se assistires ao jogo inteiro, não vês Busquets. Mas se olhares para Busquets, então vês o jogo inteiro.» Del Bosque usou a frase para falar do médio espanhol, mas esta também se aplica a Moutinho. O internacional português deu uma lição de bom futebol no Bessa. O médio ditou o ritmo de jogo, indicou os caminhos para o ataque e fartou-se de recuperar bolas (notável a recuperação, já na segunda parte, a desarmar Bozeník quando este se preparava para finalizar). Ainda joga (e muito).