Num jogo em que o Vitória ambicionava a chegada aos 50 pontos, a diferença esteve nas balizas. Não que o guarda-redes do Desp. Chaves tivesse tido uma tarde má, mas, de um lado, Charles segurou o empate quando os flavienses estavam melhor, do outro Hugo Souza não esteve tão bem na abordagem a um cruzamento, originando o penálti que deu os três pontos ao Vitória.

FILME DO JOGO

Para esta partida, o técnico Moreno Teixeira optou por alterar o onze em relação ao último encontro onde empatou em Barcelos a zero golos. Saíram da equipa Kelechi e João Correia, que foi dúvida para este encontro por ter treinado condicionado durante a semana, e entraram Guima e Rúben Ribeiro. Por seu turno, Álvaro Pacheco escalou Manu e Tomás Ribeiro em detrimento de Mikel e Jorge Fernandes, lesionado.

Os da casa entraram atrevidos na partida, não acusando a posição intranquila na tabela. De certa forma, os visitantes consentiam a posse do adversário, mas não permitiam que estes invadissem o último terço.

Sacudida a pressão inicial, o jogo passou para modo «convite» ao futebol. Primeiro, o recém convocado à seleção Jota deu o aviso e atirou à barra. A seguir, solicitado por Bruno Gaspar, atirou novamente à barra, mas desta feita a bola acabou por embater para lá da linha de golo, colocando o Vitória em vantagem.

O golo não afetou os valentes trasmontanos que, na resposta, restabeleceram a igualdade pelo suspeito do costume, Héctor Hernández, que a passe de Benny fez o 13.º golo na Liga.

Os primeiros 45 minutos fizeram jus às palavras do técnico flaviense, que no lançamento desta partida atirou que seria um bom espetáculo para quem gosta de futebol. Antes que o árbitro mandasse toda gente para o descanso, ainda houve tempo para os guarda-redes de ambas equipas brilharem. Primeiro, Charles encheu a baliza quando apanhou pela frente o melhor marcador flaviense e de seguida foi a vez de Hugo Souza negar o golo a Mangas.

Na segunda metade entraram muito melhor os da casa. Superiorizaram-se ao adversário praticamente em todos momentos do jogo. Tiveram mesmo uma boa chance de desfazer a igualdade no marcador, por intermédio de Guzzo, mas Charles estava atento e sacudiu a bola para canto.

Contra a corrente do jogo, numa má decisão de Hugo Souza, que cometeu penálti sobre Nélson Oliveira, o capitão Tiago Silva encarregou-se da marcação do castigo máximo e colocou os conquistadores em vantagem no marcador.

Mais uma vez em desvantagem, a equipa do Desp. Chaves não «pousou as armas» e voltou a pegar as rédeas do encontro. De facto, o Vitória é uma equipa com outros argumentos e mais uma vez consentiu a posse dos da casa que, apesar das aproximações à baliza do Vitória, não conseguiram outro resultado que não a derrota.

O Desp. Chaves bem tentou de uma forma ou de outra reverter a situação e acabou a partida com João Correia em esforço, ele que tinha estado condicionado durante a semana.

Foi, de facto, um bom espetáculo de futebol que acabou por sorrir mais aos (muitos) adeptos do Vitória que fizeram a festa no Municipal Branco Teixeira.