O Estrela da Amadora arrancou um preciso ponto em Barcelos e manteve a distância para os lugares de descida. Já o Gil Vicente perdeu uma oportunidade de ouro de ultrapassar a formação amadorense e continua em zona de aflição. A equipa de Vítor Campelos terminou o encontro a ser assobiada.

Os galos estiverem em vantagem quase todo o encontro, mas permitiram o empate perto do fim. Depois de uma boa primeira parte, os gilistas foram para o descanso em vantagem com um golo de Gabriel. Na segunda parte, depois de Sérgio Vieira mexer na equipa, houve mais Estrela, acabando por chegar à igualdade a um minuto dos 90, por Regis.

Treinadores com muitas alterações

Vítor Campelos voltou a fazer muitas alterações no onze. Da equipa que carimbou a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal, com um triunfo (3-1) diante do Amarante, mudaram cinco: saíram Né Lopes, Felipe Silva, Buta, Marlon e Dominguez, o único devido a castigo, e entraram Gabriel, Rúben Fernandes, Kiko, Martim Neto e Félix Correia. Sérgio Vieira também não ficou muito atrás do homólogo gilista e trocou quatro peças no onze que empatou com Vizela. O técnico estrelista tirou Erivaldo, Jean Felipe, Vitó e Gustavo Henrique e colocou Omorwa, Pedro Sá, Mansur e Ronald.

A jogar na sua fortaleza, tal como o speaker apelidou o Estádio Cidade de Barcelos antes do encontro, o Gil Vicente entrou cheio de vontade de chegar ao 5.º triunfo na Liga, todos em casa. Bem cedo os galos começaram a criar perigo junto da baliza de Bruno Brígido e Murilo, por duas ocasiões, ficou a centímetros de o conseguir. Não conseguiu marcar, mas fez a assistência para o primeiro golo do encontro. Canto apontado à esquerda e Gabriel, nas alturas, a cabecear para o 1-0.

Estava premiada a melhor entrada da formação gilista. No entanto, os barcelenses não pareciam satisfeitos e continuaram a estar por cima do jogo e fabricar jogadas de belo efeito, faltando quase sempre o passe fatal. O Estrela pouco se via em jogo e só conseguia chegar à baliza contrária em contra-ataque ou de bola parada. Ainda assim, Andrew foi quase um mero espetador durante os primeiros 45 minutos.

Reação estrelista

Sérgio Vieira, que já tinha sido forçado a mexer por lesão de Shinga – entrou Gustavo Henrique –, passando a jogar com uma linha de quatro atrás, fez mais uma alteração para a segunda parte, tirando o amarelado Pedro Mendes e lançando Hevertton. E nem dez minutos depois o técnico voltava a mexer, lançando Ronaldo Tavares em jogo, passando para um 4x4x2. O golo do empate, esse, esteve muito perto de aparecer. Kikas rematou cruzado, Andrew defendeu e André Luiz, na recarga, rematou por cima. Perdida incrível.

Era a melhor fase estrelista, com os galos a sentirem muito dificuldade em controlar a profundidade e Vítor Campelos sentiu necessidade de trocar duas peças na frente de ataque, tentando manter a equipa ligada ao jogo. Contudo, continuava a ser a equipa da Amadora a chegar com mais perigo à baliza dos locais. Regis atirou uma bomba para defesa a dois tempos de Andrew.

Com o encontro a caminhar para o final, Kikas caiu na área e Hélder Carvalho assinalou grande penalidade, contudo, alertado pelo VAR, acabou por reverter a decisão e mostrar o amarelo, por simulação, ao avançado estrelista. Os amadorenses não desistiram e acabaram por chegar ao empate a um minuto dos 90. Regis cobrou uma falta ainda longe da área, Kikas apareceu na zona do esférico e atrapalhou Andrew, acabando por se fixar no fundo das redes.