Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do estádio do Dragão após a vitória por 3-2 no Clássico frente ao Benfica, em jogo da 20.ª jornada da Liga:

«O papel do meio-campo foi importante para condicionar a saída do Benfica, sem dúvida. Obrigámos o Benfica a esticar jogo e somos muito fortes nessas bolas longas e nos duelos. O FC Porto teve 70 por cento de duelos ganhos. Com bola soubemos explorar algumas debilidades do adversário.

Tivemos uma intensidade muito grande, um ritmo muito alto. Fizemos uma primeira parte fantástica. O Benfica marcou no primeiro remate que fez. Ainda criámos mais duas ou três situações para sair para o intervalo com outro resultado.

Sabíamos que o Benfica iria querer reagir. Demos campo ao Benfica, como se costuma dizer. Eles conseguiram fazer o segundo golo na primeira bola. A equipa não se inibiu, a estratégia estava bem definida. Entendemos que era essencial ganhar o jogo.

Criámos mais ocasiões e podíamos ter aumentado a vantagem. Nunca ficámos atrás a defender a vantagem. Fomos uma equipa positiva, que olhou para a baliza adversária. Faz parte do nosso ADN.»

[Explicação para o FC Porto ter criado muitas oportunidades]:

«Tem a ver com o que definimos como essencial no jogo. A partir a pressão conseguimos criar situações. Por vezes, o momento defensivo passa despercebido como a relação que os nossos avançados tinham de ter para pegar no médio que iniciava a construção do Benfica. O nossos alas, um mais alto que o outro, também fizeram um trabalho bastante interessante. A pressão que fizemos sobre o Chiquinho e o Taarabt limitou muito a dinâmica do Benfica.

Com a qualidade, fomos explorando situações que trabalhámos e criámos ocasiões. Fomos muito fortes na pressão, sobretudo na primeira parte. Na segunda parte estivemos bem nesse aspeto, mas era difícil manter a intensidade durante o jogo todo. Temos de perceber em que momentos devemos juntar, baixar linhas e aproveitar o espaço que o Benfica foi dando. Podíamos ter feito mais um ou outro golo. O Bruno Lage foi fazendo uma coisa em função do resultado e do que ia vendo e eu outra com o intuito de deixar a equipa confortável.»