O plantel do Belenenses está clinicamente recuperado do surto de covid-19, mas Filipe Cândido sabe que a equipa não estará num bom nível frente ao Estoril-Praia. Porquê? Fisicamente é «cientificamente impossível» já estar num plano aceitável, depois de 14 dias em casa.  

«Acreditamos na inteligência destes jogadores, na crença e no estado de espírito do grupo para que possamos discutir o jogo, mas, em um ou dois dias, é cientificamente impossível poder dizer que a equipa está preparada para poder discutir o jogo a este nível e com a intensidade que tenho a certeza que vai ter», afirmou Filipe Cândido. 

A equipa técnica procurou replicar as condições de treino nos lares de cada atleta, apesar das normais limitações. E dos vidros. 

«Foram 14 dias sem tocar numa bola e sem fazer as distâncias de alta intensidade que, durante a semana, procuramos que façam. No entanto, com os treinos via Zoom, num máximo de cinco metros, tentámos desmontar o jogo. Se os jogadores estão prontos para fazer um passe longo? Não, pois ainda partiam um vidro de casa.»

Na conferência de antevisão, Filipe Cândido mostrou grande respeito pelo novo coronavírus e pela sua variante mais recente, a Omicrón.

«O facto de ser uma variante desconhecida suscita sempre algum medo e insegurança. Tivemos de trabalhar os jogadores também a nível mental, fazê-los acreditar que seria passageiro e que, brevemente, estaríamos no campo a fazer o que gostamos.»

Sandro, Sithole, Francisco Teixeira e Safira são baixas certas. O guarda-redes Luiz Felipe está em dúvida.