Não foi uma partida de Carnaval! O último classificado do campeonato venceu num estádio onde apenas o Benfica tinha conseguido sair com os três pontos. Os vizelenses marcaram praticamente no primeiro remate que fizeram à baliza e tiveram de sofrer para garantir a vitória, entregando a lanterna vermelha ao Chaves.

O Gil Vicente perdeu em casa pela segunda vez na temporada e apenas se pode queixar de si próprio. Teve oportunidades mais do que suficientes para marcar e, a jogar com mais um, teve muito domínio, mas pouco discernimento para chegar à baliza contrária. O resultado acabou por ser igual ao da primeira volta: os vizelenses venceram por 1-0.

Campelos volta a fazer mexidas

Depois de perder na Luz (Liga) e em Guimarães (Taça de Portugal), os galos regressavam a casa e àquele que tem sido o seu porto seguro. Vítor Campelos fez quatro alterações no onze depois da eliminação na prova rainha, tirando Felipe Silva, Castillo, Toure e Alipour e fazendo entra Rúben Fernandes, Mory Gbane, Fujimoto e Félix Correia.  Já Ruben de la Barrera, que chegava a esta partida depois de cinco desaires consecutivos, fez apenas duas alterações no onze: Jason Lokilo e Soro foram rendidos por Essende e Domingos Quina. O guarda-redes italiano Ruberto repetiu a titularidade da Taça, remetendo para o banco Buntic.

Os galos entraram melhor e até chegaram a balançar as redes, mas, antes do remate fatal de Murilo, Félix Correia partiu em posição de fora de jogo. Do outro lado, os vizelenses marcaram na primeira vez que acertaram na baliza. Essende, de pé esquerdo, rematou à figura, mas Andrew não conseguiu segurar o esférico, tendo sido mal batido. Os gilistas acusaram e estiveram um bom período com muitas perdas de bola e com muitos passes falhados. Por seu turno, o Vizela também não aproveitava da melhor forma a desorientação local.

Com o jogo a caminhar a passos largos para o descanso, a equipa de Vítor Campelos começou a criar mais perigo e esteve perto de marcar por duas vezes, valendo Ruberto na baliza forasteira. Primeiro foi Dominguez que fletiu da direita para o meio e rematou para boa estirada o guardião italiano. Logo de seguida, foi Félix Correia, também com um disparo frontal, obrigar o keeper vizelense a uma defesa a dois tempos.

Sofrer até ao fim para vencer

A segunda metade começou como terminou a primeira, com os galos a carregar na tentativa de chegar à igualdade. Campelo lançou para o segundo tempo Tidjany Toure e Alipour, dando mais velocidade ao ataque, e os dois jogadores estiveram perto de marcar, valeu as boas intervenções de Ruberto, que por esta altura justificava a titularidade dada por Ruben de la Barrera. O técnico espanhol foi obrigado a mexer também, já que Essende saiu com queixas físicas.

Pouco depois, um caso caricato que valeu a expulsão de Petrov. Gabriel Pereira recuperava um esférico quando os vizelenses tentavam sair para o ataque e o avançado sérvio pontapeou uma bola, que não a de jogo, contra a que o defesa central gilista jogava. Segundo amarelo e consequente expulsão, deixando o Vizela com menos um. A partir daqui, praticamente, só deu Gil Vicente.

Ainda assim, apesar do domínio e de jogar nos últimos 20 metros de terreno, os galos não tiveram discernimento para ultrapassar a boa organização vizelenses, abusando dos cruzamentos aéreos e dos remates frontais. Os galos são um bom freguês do Vizela, conquistando o segundo triunfo da temporada.