A FIGURA: Yaremchuk

Na estreia a titular pelo Benfica, foi protagonista do primeiro momento do jogo, aos sete minutos, quando percebeu mais rápido do que todos a infantilidade de Victor Braga e o obrigou a jogar a bola com a mão fora da área para impedir que o ucraniano se isolasse com a baliza deserta. Iniciou aí uma estreia de grande nível que continuou com a assistência para Waldschmidt marcar o 1-0 e ele mesmo apontar o 2-0. Não se pode dizer que teve uma estreia perfeita porque desperdiçou pelo menos dois lances em que falhou a receção. Mas fez o suficiente para encantar os adeptos.

O MOMENTO: expulsão de Victor Braga (8m)

Não há forma de fugir: a expulsão de Victor Braga logo aos 8 minutos foi o lance mais marcante do jogo entre o Benfica e o Arouca. O guarda-redes cometeu um erro infantil, tentou emendá-lo e fez ainda pior, deixando a equipa numa situação de fragilidade ainda maior na visita à Luz.

OUTROS DESTAQUES

João Mário

Não há volta a dar. Quem viu o Benfica da época passada jogar não consegue dissociar as melhorias da equipa de Jesus da contratação do ex-Sporting. O critério que tantas vezes faltava ao meio-campo das águias parece estar todo concentrado na cabeça e nos pés do internacional português. No lance do golo inaugural - um contra-ataque perfeito! -, o mais fácil teria sido João Mário lançar Waldschmidt na esquerda de pé direito, mas ele percebeu que era isso que todos esperavam e colocou em Yaremchuk na direita com o pé esquerdo. A partir daí, os defesas do Arouca ficaram em contrapé o que impossibilitou de impedir o golo.

Meite

Três recuperações de bola em zonas subidas nos primeiros 15 minutos encantaram os adeptos que lhe tributaram nesse momento uma enorme ovação. Partiu daí para uma exibição muito positiva. Sempre bem colocado, travou muitas investidas do Arouca, sempre longe da área de Vlachodimos.

Morato

Lançado para o lugar do lesionado Vertonghen, também para dar descanso a Lucas Veríssimo que começou no banco, o jovem central brasileiro não poderia ter pedido um jogo mais tranquilo. Em inferioridade numérica durante muito tempo, o Arouca quase não atacou e os centrais do Benfica limitaram-se quase a jogar… em construção ofensiva. E quando teve de defender, foi eficaz a controlar a profundidade e nunca se deixou surpreender. Marcou pontos, apesar de o jogo ter sido simples.

Gil Dias

Este podia muito bem ter sido um jogo encomendado pelo jogador contratado ao Mónaco e que vai crescendo como lateral-esquerdo da equipa de Jesus. Com o Arouca pouco ofensivo, pôde explorar aquilo de que mais gosta: subir pelo corredor esquerdo. Esteve muito bem no apoio ao ataque, desequilibrando com vários dribles e quando defendeu fê-lo quase sempre no meio-campo ofensivo. Ainda ficou muito perto de marcar aos 64m.

André Almeida

Roubou o protagonismo da tarde ao arrancar a maior ovação dos adeptos no Estádio da Luz. E só precisou de entrar em campo. Entrou, 10 meses depois de uma lesão grave e os adeptos mimaram-no bastante. E ele retribuiu com uma bela exibição que não termina com assistências apenas devido ao desacerto dos colegas.

Basso

De regresso ao onze do Arouca depois do castigo cumprido na primeira jornada, o central evitou que o cenário ficasse ainda mais negro para a equipa da serra da Freita ainda antes do minuto 15. No livre que resultou da expulsão de Victor Braga, Waldschmidt acertou na trave, a bola sobrou para Everton que só não marcou porque Basso ainda tocou na bola e o obrigou a acertar… no poste.

Velázquez

Tal como o companheiro do centro da defesa, teve um jogo de muito trabalho. Mas se o Arouca não saiu da Luz com um resultado mais pesado, deve muito ao experiente central venezuelano, que fez vários cortes providenciais.