Com dificuldades para ganhar fora de casa, o Moreirense fez o suficiente para afastar a ‘malapata’, frente ao Nacional, no Estádio da Madeira. Um golo solitário bastou, num jogo que até teve condições para que se contassem muitos mais.

O encontro não começou de feição para os cónegos, que foram obrigados a proceder a uma substituição logo aos seis minutos, depois de Derik ter caído mal numa disputa de bola, saindo com queixas no ombro.

Ao cabo dos primeiros 10 minutos, a tendência era para o equilíbrio, com ambas as equipas à procura de esticar o jogo e de espaços nas áreas contrárias, mas sem oportunidades de golo. A primeira só apareceu aos 14 minutos, num livre cobrado por Yan, que Piscitelli defendeu para canto.

A partir desse momento, a equipa de Moreira de Cónegos instalou-se quase por completo no meio campo do Nacional, e quase sempre nos últimos 40 metros, conquistando três pontapés de canto em cinco minutos. Já aos 24 minutos, surgiu uma das melhores jogadas, com Yan a tirar um adversário do caminho, antes de cruzar para Walterson, que desperdiçou uma excelente oportunidade. E até aos 26 minutos o Nacional sentiu o sufoco, com mais duas boas ocasiões para os homens do Minho.

O Nacional, que praticamente não existira desde os 13 minutos, conseguiu finalmente, aos 27, voltar a aproximar-se com perigo da baliza de Pasinato, beneficiando de um erro defensivo para conquistar o pontapé de canto. Pouco depois, aos 31 minutos, Rúben Freitas chutou, já dentro da área, com Rúben Micael a desviar de calcanhar, mas a bola passou a escassos centímetros do poste. E logo a seguir, foi Riascos a atirar com força, mas já de ângulo apertado e com o esférico a perder-se pela linha de fundo.

Aos 36 minutos, Gorré foi derrubado em falta mesmo à beira da grande área, mas na cobrança do livre, Riascos atirou ligeiramente acima da barra da baliza do Moreirense. Seguiram-se mais 10 minutos de algum equilíbrio, até que, aos 46, foi o Nacional a ficar bem perto do golo. Primeiro, Pasinato defendeu para a frente um remate de Gorré, ficando a bola livre para Riascos, que atirou ligeiramente por cima. 

Com a chegada do intervalo, encerrava-se uma primeira parte de um jogo vivo e animado, que tivera, até então, períodos de muito equilíbrio, mas também de domínio ofensivo, primeiro do Moreirense, e depois do Nacional. Ambas as equipas tiveram oportunidades, mas faltavam os golos.

No regresso dos balneários, a formação da casa retomou a partida novamente com intenção ofensiva e logo aos 47 minutos, Vigário fez a bola passar não muito longe da baliza de Pasinato, na sequência de um livre direto.

Volvidos os primeiros quinze minutos da segunda parte, o jogo continuava intenso, embora com menos qualidade e objetividade.

Ainda assim, continuava vivo, e com possibilidades de golo para qualquer um dos lados.

Foi depois de mais uma sequência de parada e resposta, que o Nacional chegou a uma das melhores ocasiões na partida, quando, aos 74 minutos, Witi subiu no terreno, chegando em boas condições à grande área do Moreirense. O moçambicano não foi egoísta e serviu Riascos, que falhou de forma impressionante, na cara de Pasinato.

A resposta dos cónegos só surgiu aos 78 minutos, na cobrança de um livre lateral, batido por Filipe Soares, que cruzou para o segundo poste, colocando o Moreirense em vantagem. Riccardo Piscitelli falhou na abordagem ao lance e não conseguiu chegar com as mãos onde Steven Vitória chegou com a cabeça, para empurrar a bola para o fundo das malhas.

Até ao final do encontro, o Nacional ainda tentou reagir, mas já com pouca arte e engenho, acabando o Moreirense por agarrar-se à vitória, garantindo assim o primeiro triunfo fora de casa no presente campeonato.