Figura: Matheus Reis

Outrora visto como o «patinho feio», Matheus Reis fez uma exibição de nível alto no Dragão. O jogo do brasileiro foi tão bom que bastava resumi-lo em duas ações absolutamente decisivas nos dois golos dos leões: a assistência sublime para Paulinho e o cruzamento para o toque atrasado de Sarabia antes do golo de Nuno Santos. Matheus viveu, por isso, uma noite de Reis. O ex-Rio Ave foi praticamente intransponível defensivamente, um facto que merece realce uma vez que foi «pau para a toda a obra»: jogou como central e ala durante o encontro.

Momento do jogo: expulsão de Coates, minuto 49

Praticamente com a segunda parte toda por jogar, o Sporting ficou reduzido a dez elementos. Otávio viu a desmarcação de Evanilson e este foi travado em falta por Coates depois de lhe ganhar a frente do lance. O uruguaio viu o segundo cartão amarelo (o primeiro amarelo foi mal mostrado) e deixou os leões em inferioridade numérica. Os campeões nacionais agarraram-se à vantagem, mas acabaram por sofrer o 2-2 a 12 minutos do final.

DESTAQUES DO FC PORTO

Outros destaques:

Matheus Nunes: está um craque! O internacional português raramente se precipitou quando teve a bola e se deixou impressionar pela pressão alta do FC Porto. Inúmeras vezes, o médio fez uso da passada larga - é muito forte em condução - para iniciar os ataques do Sporting. Soube perceber sempre o que o jogo pediu e foi extremamente útil quando os leões jogaram com menos um jogador.

Paulinho: Amorim tem razão em dizê-lo: o avançado é perfeito para a forma de jogar do Sporting. O internacional português é bastante inteligente nas movimentações e relaciona-se muito bem com os colegas. Ao contrário de outras noites, Paulinho teve golo - abriu o marcador no Dragão. Está a subir de produção e marcou o terceiro golo nos últimos três jogos.

Nuno Santos: vestiu a pele de Pedro Gonçalves e não se deu mal. O extremo, que fez parte da formação no FC Porto até sair para o Rio Ave, foi o autor do segundo golo do Sporting após surgir oportunamente solto na pequena área. Foi, de resto, pela esquerda que os leões mais causaram dificuldades ao adversário o que em parte se explica pelo bom entendimento entre Nuno Santos e Matheus Reis. Acabou por dar o lugar a Neto depois de ter visto um amarelo por 'queimar' tempo - desnecessário. 

Ugarte: foi a surpresa apresentada por Amorim. O uruguaio cumpriu a função de jogador mais recuado do meio-campo dos leões e voltou a mostrar ser uma boa alternativa a Palhinha. Foi, aliás, um dos pilares da boa fase do Sporting no Dragão. As pernas começaram a pesar na parte final e a lucidez que havia exibido até então desapareceu.