Declarações do treinador do Paços de Ferreira, Pepa, na sala de imprensa do Estádio da Capital do Móvel, após o empate ante o Gil Vicente, em jogo da 17.ª jornada da Liga:

«Tornou-se um jogo complicado. Tentámos, na primeira parte, ter mais bola, ligar entre setores desde trás e tornou-se praticamente impossível. Uma equipa quando está baixa, de frente para o jogo, à espera do erro, torna-se fácil identificar as referências de pressão. A bola quando ressalva um pouco ali na relva, com torrões de areia, é uma referência de pressão. Sentimos isso e perdemos duas a três bolas que deram aso a contra-ataque do Gil.»

«Entrada positiva da nossa parte e, a meio desta, percebemos que era arriscado jogar por dentro, pelo meio. Optámos por um jogo diferente, ficou um jogo mais combativo mais e direto das duas equipas, o terreno assim o exigia. Conseguimos oportunidades, duas bolas na barra, cruzamentos que não conseguimos finalizar e duas transições perigosas do Gil. Tínhamos de ser fortes na reação à perda e, mais do que correr muito, tínhamos de correr bem.»

[Quarto jogo sem sofrer golos na Liga:] «Estamos sempre mais próximos de ganhar quando não sofremos, temos crescido. Quatro jogos seguidos no campeonato sem sofrer golos é de valorizar. Criamos oportunidades, quatro delas claras para golo, mas a consistência dá segurança e confiança e, mais do que isso, começámos à frente: o Tanque e o Amaral, a pressão na primeira parte não foi perfeita, na segunda parte melhorámos. Com o jogo mais direto do Gil, tínhamos estar melhor para a segunda bola. A entrada do Diaby, não é que estivéssemos a perder o meio campo, mas deu-nos essa primeira bola e voltámos a crescer.»

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[Relvado:] «Não é desculpa, se olharmos para o filme do jogo, notou-se que tentámos e, de repente, tivemos de adaptar-nos ao que o jogo estava a pedir, porque estávamos a perder algumas bolas no meio, porque a bola ressalta, prende e tínhamos de dominar, pensar antes de fazer o passe e isso é uma referência de pressão para quem está com o bloco baixo e de frente.»

[Estado anímico do grupo:] «Sinto a equipa muito bem, a questão é o metro quadrado, está muito mais caro. O ponto está muito caro. Não há margem para erro, o erro paga-se caro. Até ao fim vai ser equilibrado, competitivo. Balanço da primeira volta, não foi perfeito, foi bom. Temos capacidade para fazer uma segunda volta melhor. Queríamos estar com 18 pontos, não conseguimos, fizemos 16, estamos acima da linha de água, é o caminho.»