Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa, pediu esta segunda-feira «muito mais reconhecimento» para o setor, um dia depois das eleições legislativas, confiando que o novo ciclo governativo seja de «esperança».

«Que o novo ciclo governativo represente um renovar de esperança para todos os cidadãos e setores de atividade do país, entre os quais o desporto», lê-se na mensagem divulgada nas plataformas da Liga.

No domingo, a Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas, com 29,49 por cento dos votos e 79 deputados, à frente de PS, de Pedro Nuno Santos, segundo mais votado, com 28,66 por cento e 77 eleitos, e Chega, de André Ventura, com 18,06 por cento e 48 mandatos, de acordo com os resultados provisórios.

«No caso do futebol profissional, uma indústria que contribui com mais de 667 milhões de euros (quase 0,3 por cento) para o PIB (Produto Interno Bruto), paga mais de 228 milhões de euros em impostos e gera 3.504 postos de trabalho merece muito mais reconhecimento do que aquele que tem recebido», prosseguiu Pedro Proença.

O antigo árbitro e líder do organismo responsável pelas competições futebolísticas profissionais em Portugal reivindica para o setor uma maior atenção do próximo Governo do país.

«Que este momento possa representar, em definitivo, uma nova etapa na forma como o futebol profissional e os seus agentes são olhados e tratados pelo poder político. Não é possível continuar a ignorar o impacto social e económico do setor. O futebol profissional português, por mais resiliente e criativo que seja na procura de soluções para os novos desafios e velhas contrariedades, não pode continuar esquecido e a caminhar sozinho, sem os apoios a que tem direito», referiu ainda.

Pedro Proença, de 53 anos, lidera a Liga desde 2015, encabeçando também, desde novembro de 2023, a Associação de Ligas Europeias.