Pedro Proença elegeu a centralização dos direitos televisivos como a grande bandeira da sua direção e, num dia aberto à comunicação social, anunciou que se for possível vai antecipar o processo que está previsto para 2027/28. Os direitos televisivos podem, segundo um estudo encomendado pela Liga, gerar receitas na ordem dos 275 a 350 milhões de euros

«iniciámos este processo em 2015, com muitos interesses envolvidos, nunca perdemos o norte em relação ao que efetivamente queríamos fazer. A verdade é que conseguimos que no ano passado a legislação tivesse sido aprovada. É uma grande vitória, não só desta direção executiva, mas de todo o futebol profissional», começou por enunciar num dia aberto à comunicação social.

No plano que está previsto, a Liga terá de apresentar um modelo de comercialização até 2025/26 que, depois, terá forçosamente ser implementado em 2027/28. Neste sentido, a Liga criou uma empresa [Liga Centralização] para preparar este processo que até pode ser antecipado.

«Se fossem criadas condições para que isto pudesse acontecer já amanhã, eu assinaria imediatamente essa possibilidade. A verdade é que há contratos que estão em vigor, contratos que estão desfazados no tempo, há dificuldades jurídicas, porque não são só as relações com os operadores, há relações com operadores financeiros também, portanto há toda uma temática que tem sido muito discutida na Liga Centralização, a empresa que foi criada para esse fim. Temos de resolver com respeito com aquilo que foi contratualizado. As datas que estão no decreto-lei serão claramente cumpridas. Se a determinada altura conseguirmos antecipar essas datas, faremos, os clubes estarão alinhados», explicou.

Benfica, FC Porto e Sporting são os que têm contratos mais longos, mas Pedro Proença está convencido que os três «grandes» também têm interesse na antecipação do processo. «Há um alinhamento total destes clubes e não só para que este processo decorra bem, mas se possível que possa ser antecipado», comentou.

Outro tema abordado por Pedro Proença foram as receitas provenientes das apostas desportivas que, no entender do presidente da Liga têm de quintuplicar. «Essas verbas que vêm para o desporto têm de ser aumentadas. A portaria tem de ser aletrada para que possamos quintuplicar a verba que recebemos», destacou ainda.